Whatever Happened to Baby Jane: “Tá na hora da cena punk feminista voltar.”

Em meio à correria da gravação do clipe da música “Teresa”, conversamos com a Whatever Happened to Baby Jane sobre sua formação, ideais, Läjä e o futuro
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Foto: Erika Mariano.
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Em 1917, Jane Hudson era uma adorada estrela infantil conhecida como Baby Jane. Sua irmã, Blanche Hudson, vivia em sua sombra, até que sua sorte mudou. Tornou-se uma atriz de sucesso, enquanto Jane caiu no esquecimento. A rivalidade entre elas acabou resultando num misterioso acidente, no qual a culpa por Blanche ter ficado paralisada da cintura para baixo foi atribuída à sua irmã. O evento fez com que ambas passassem a viver juntas numa mansão em Hollywood, onde Jane ficou encarregada de cuidar de Blanche. No entanto, esta acabou se tornando vítima do comportamento vingativo e perverso de Jane, agora envelhecida e imersa no alcoolismo e em problemas mentais. Após uma série de reviravoltas na trama, surge o questionamento que dá nome a este thriller de 1962 (dirigido por Robert Aldrich e estrelado por Bette Davis e Joan Crawford): “o que terá acontecido a Baby Jane?” — do inglês, “What Ever Happened to Baby Jane?” Embora a resposta seja um mistério, existe um trio capixaba que claramente não dá a mínima para o paradeiro de Jane!

Você não sabe o que é andar no escuro

A centelha que mais tarde se tornaria a banda Whatever Happened to Baby Jane (um trocadilho com o nome do livro e filme homônimo) foi acesa em 2015, quando a guitarrista Lorena Bonna recorreu às redes sociais para encontrar pessoas dispostas a iniciar um novo projeto. “Aquela hora que da vontade de ter uma banda só com mulheres,” lia sua despretensiosa publicação do dia 26 de Junho daquele ano. O último dos comentários feitos naquele dia pertence à baixista Ignez Capovilla, que simplesmente respondeu “oi!”.

A gente já se conhecia. Já tinha tocado juntas algumas vezes e estava até meio que ensaiando… voltando,” afirma Ignez. “A gente ensaiou com umas três bandas diferentes. Estava rolando,” lembra Lorena antes de ser interrompida por Ignez, “estava rolando, mas meio que não estava rolando,” pontua a baixista. “É… Não tinha aquele feeling mesmo, sacou?” finaliza a guitarrista.

Embora a primeira investida não tenha gerado os resultados esperados, Lorena não desapegou de sua ideia. Sua segunda tentativa veio em 20 de Abril de 2016, quando fez um convite em meio a um desabafo numa de suas publicações no Facebook: “O que me grita aos olhos é que tá na hora da cena punk feminista voltar. Alguma mina afim de fazer um som?” Enquanto Ignez permaneceu como uma presença constante, o papel de baterista ainda estava em aberto — mas não por muito tempo. Demorou apenas um dia para Vanessa Labuto responder, “tá tudo aí, menos o tempo para ensaiar,” junto de uma foto de sua nova bateria.

Na verdade, a minha intenção era só ficar treinando bateria em casa e estudar bastante,” recorda Vanessa sobre o dia em que viu a publicação de Lorena. “Eu estava tendo aula com um baterista de jazz e aí quando ela postou, foi uma maneira de eu botar uso para a minha bateria, porque eu tinha acabado de comprar. Se eu não tivesse comprado, na verdade eu não teria entrado na banda. Então, assim, já que eu comprei e estava pagando, ia ter que colocar essa bateria para usar.

De desabafos, conversas e convites que utilizaram o Facebook como veículo principal, a Whatever Happened to Baby Jane foi formada. Lorena ficou encarregada da guitarra e também dos vocais, função que divide com a baterista Vanessa, enquanto Ignez cuida do baixo e da segunda voz. “É aquela coisa que tinha que acontecer mesmo,” orgulha-se Lorena entusiasmada. “A gente vai evoluindo juntas e sem pressão. Isso que é o mais maneiro. Maior naturalidade possível.

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Ignez Capovilla (esq.), Lorena Bonna e Vanessa Labuto (Foto: Fagner Fabrete).
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Com sua formação estabelecida, o trio não precisou ir muito longe para buscar influências às suas composições. Tendo o punk rock feminista como matéria-prima, os principais candidatos para arquitetar uma linha musical condizente com as aspirações da Baby Jane foram grandes nomes internacionais, como L7 e Bikini Kill, além de alguns representantes nacionais, como a banda carioca Ostra Brains e a paulista Dominatrixque é tida como a precursora do movimento riot grrrl brasileiro.

Agora dotadas de um conceito e uma proposta sonora clara, Lorena, Ignez e Vanessa já haviam adquirido os meios necessários para transmitir sua identidade às suas próprias canções. Profundamente imersas no processo de composição, a banda garante que a força-motriz por trás de tudo o que produz é uma certa espontaneidade expurgativa. “Sempre em algum ensaio expurgativo rola um grito, que depois vira uma música, […] até que chega a letra,” revela Ignez sobre o processo criativo. “Em cada ensaio [a música] vai sendo construída. Não é uma coisa que chega assim, ‘vamos fazer isso, isso e isso,’” confirma Lorena. “É feito de subjetividade para representar subjetividade. Só isso,” finaliza Vanessa sem titubear.

A essa altura, a banda já estava formada há pelo menos seis meses e sua abordagem fluida e instintiva estava gerando uma boa repercussão no círculo interno do grupo. O próximo passo tornava-se cada vez mais evidente e a sua primeira apresentação ao vivo foi agendada para o dia 11 de Novembro de 2016, na quinta edição da festa Inferno no Stone Pub, em Vitória/ES.

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Cartaz do primeiro show da banda (Foto: Divulgação/Facebook).

Para alguém que clamava por essa proposta musical há mais de um ano, o anúncio do primeiro show não poderia ter deixado Lorena mais satisfeita. “Primeiro show da banda que tenho orgulho de fazer parte, principalmente para as manas e manos, cola lá gente pra ouvir uma pedrada no coração,” escreveu em sua publicação no Facebook ao anunciar a estreia da Whatever Happened to Baby Jane.

Acompanhadas da banda Raw Power e as DJs Aline Zanardo, Tati Hauer e Karabina, a noite marcou um belo lançamento para o trio. Na época, o palco do Stone Pub possuía uma barra vertical que, durante o show da Baby Jane, foi inclusive usada para uma incrível performance de pole dance da dançarina Sara Coutinho.

Após sua primeira apresentação, logo vieram novas datas e o segundo palco a receber a Whatever Happened to Baby Jane foi em Vila Velha/ES, no Prego Espaço de Arte — apenas quatro dias após a estreia. A banda foi a única atração musical do evento, que marcou o lançamento da segunda edição da revista Vampirigan, do autor Victor Stephan (vocalista da banda Os Estudantes). O detalhe mais importante desta ocasião, no entanto, foi o início de uma relação bastante frutífera para as garotas.

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Mozine e Läjä Records

Ele viu o nosso segundo show,” lembra Lorena sobre Fabio Mozine, que, em suas palavras, “é um cara maravilhoso.” Ele também “foi uma das poucas pessoas que teve acesso ao início bem primário, bem primitivo da banda,” garante Vanessa sobre o ilustre cidadão vila-velhense e membro das bandas Mukeka Di Rato, Merda e Os Pedrero. “Desde o início ele acompanhou a história da gente. Desde os primeiros relatos de que a banda estava para ser formada e desde a construção da banda. Ele sempre apoiou. […] Achou que ia dar certo… que era uma proposta bacana,” afirma a baterista.

Além de músico, Mozine também é o fundador da influente gravadora Läjä Records, que, ao longo de quase duas décadas ininterruptas de atividade, lançou vários artistas nacionais e internacionais. Quando deparou-se com a Whatever Happened to Baby Jane, ficou impressionado e logo as garotas haviam ganhado um padrinho que as acolheria no catálogo da Läjä. “Ele sempre gostou muito. […] Sempre dando ideia, né? Então ele já fazia uma certa assessoria, sabe? É padrinho mesmo, e aí só formalizou,” garante Ignez. “Ele sempre gostou do som e tal, então foi meio que natural, assim, a gente estar com ele. Não teve nenhuma formalização do tipo, ‘vocês vão ter que se enquadrar numa determinada coisa pra estar pela Läjä’. Foi simplesmente… Acho que, ele lançou uma coisa que ele gosta,” conclui Vanessa.

Desta parceria vieram novas apresentações, sendo que algumas destas foram como a atração de abertura dos shows da banda Merda — que na época lançava o álbum Descarga Adrenérgica. Em termos de performances, no entanto, a mais emblemática veio no dia 17 de Junho de 2017, quando a banda, junto da Blackslug, venceu a votação para participar do line-up do Läjä Festival Vol. 01, no Correria Music Bar, em Vila Velha/ES.

O evento marcou o aniversário adiantado de vinte anos da Läjä Records, que foi fundada em 1998. Além da Baby Jane e da Blackslug, a noite também contou com alucinantes shows das bandas Merda, Muddy Brothers, Motosierra, Facada, Water Rats, Os Estudantes, Deb and the Mentals, Leptospirose, Lo Fi e Lomba Raivosa. “Nosso sincerão agradecimento pelos momentos incríveis desse festival maravilhoso > ao público que apareceu cedo pra ver a gente, a Laura Paste e Mozine > muito obrigadas,” postou a banda em sua página oficial no Facebook no dia seguinte.

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Läjä Festival Vol. 01 (Foto: Divulgação/Facebook).

Inferno de Vida

Em meio a todas essas parcerias e apresentações, a banda não só ganhou mais experiência, como também adquiriu uma maior confiança em si mesma. Sua evolução tanto técnica quanto pessoal agora havia alcançado o mesmo patamar de sua paixão pelo projeto. “Está mais fluido, sacou? No começo, assim, a gente escuta e vê que a gente estava mais durinha,” analisa Lorena impressionada. “A gente vai aprendendo fazendo também, né?” completa Ignez. “E todo mundo acompanha isso, porque a gente está fazendo junto. […] Hoje é isso, amanhã melhora um pouco e depois melhora mais, até que a gente sente que amadureceu. ‘Vamos gravar?’ Aí gravamos!

Desta constatação veio o primeiro registro da banda, o visceral EP Inferno de Vida, lançado pela Läjä Records no dia 21 de Julho de 2017. Com quatro músicas — “Sábado à Noite”, “Deixa Ela Em Paz”, “Blablablah” e “Sister” —, o EP tem exatos seis minutos e quarenta e seis segundos de uma incessante e deliciosa porrada na cara, sendo impossível ouvi-lo apenas uma vez. “Para ouvir é mais fácil, eu acho. Para gravar [é que foi] mais difícil,” observa Ignez.

Embora o resultado alcançado tenha sido o esperado, o ato de gravar nunca é uma tarefa fácil. Repetições constantes e a quebra da dinâmica de uma banda ao separá-la em instrumentos, por mais que seja algo necessário e vital num estúdio, pode acabar sendo um terrível exercício de paciência — sobretudo para um grupo pautado na urgência. “Foram quatro horas infernais! Insuportáveis,” desabafa Vanessa sobre o processo de gravação. “É mais cansativo gravar, porque você grava uma coisa… depois grava outra,” explica Lorena. “A grande dificuldade é tocar separado, porque a gente é muito acostumada a tocar junto. As três, mesmo que não olhando — a gente não se olha muito —, mas a gente se sente muito junto. Foi mais difícil, mas a gente conseguiu,” pondera Ignez com um sorriso vitorioso.

O EP foi gravado em Vila Velha/ES, no estúdio Comanche Recording Company, por André Nucci. “A gente fez com o André também, que produziu a gente. Ele é mó tranquilo, sacou? Deixa a gente a vontade [e nos] respeitou,” elogia Lorena. “Respeitou bastante, né? Respeita até hoje o som. O que a gente quer, ele realiza, de uma forma muito respeitosa, avisando o que ele não concorda, sabe? Chegando num contraponto,” alegra-se Vanessa. “Sempre é uma conversa coletiva: o que a gente pode fazer; o que não pode fazer; o que dá; o que vai ser bom; o que não vai ser. Na gravação também foi assim,” assegura Ignez.

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I don’t serve you anymore

Com o lançamento do EP, as músicas do trio ficaram mais acessíveis àqueles ouvidos famintos que há muito tempo sofriam em busca de uma combinação tão contemporânea e original. Em contrapartida, com uma maior exposição, também se tornou inevitável o surgimento de opiniões e categorizações da banda quanto à sua proposta.

Embora o próprio advento da Whatever Happened to Baby Jane seja uma afronta e um grito de resistência por si só, sua proposta nunca foi a de ser considerada a porta-voz de uma causa. Quando Lorena identificou a necessidade de fomentar a cena punk feminista no Espírito Santo, sua intenção não era formar uma banda de panfletagem. Contudo, é inegável que exista uma crítica bem visível em seu trabalho, embora esta venha de uma maneira mais sutil e não tão carregada de pressões e diretrizes.

[A crítica] é subjetiva. A gente trabalha muito com isso, com a subjetividade, porque também rola a emoção. O que está acontecendo com a gente é porrada mesmo e a gente acaba jogando ali. Não tem como,” confessa a guitarrista sobre a natureza expurgativa das composições, cuja autoria divide com Ignez e Vanessa. “Faz parte do momento que a gente está vivendo. Tá um caos total. Sujeira total. Então a gente está trazendo isso.

Teresa e Dolores

Surfando na onda dos elogios que Inferno de Vida rendeu ao grupo, Novembro foi um mês repleto de oportunidades e novidades para as garotas. A primeira destas foi a ida do trio ao Rio de Janeiro para um show na Audio Rebel (17/11), com a banda Ostra Brains, e outro no MOTIM (18/11), com a dupla carioca LuvBugs.

Foi a primeira vez que a gente viajou com o nosso som para fora do estado — apesar de ser aqui do lado,” reconhece Vanessa. “Foi muito positivo, porque a gente ficou surpresa com a quantidade de gente. […] Você chega num lugar e acha que quem está ali, está ali para ver as outras bandas, e na verdade as pessoas estavam ali para ver a gente! Então a gente está começando a tomar alguns sustos estranhos assim. A gente não está acostumada com isso. As pessoas estavam ali de fato para ver a gente,” conclui a baterista ainda nitidamente lisonjeada.

De volta ao Espírito Santo, a banda não teve tempo para descansar. Logo teve que correr ao Liverpub Vitória, numa noite de quinta-feira (23/11), para o que inicialmente seria apenas um show. Curiosamente, uma série de fatores acabaram contribuindo para transformar o evento no pré-lançamento de um single e na gravação de um videoclipe. “Na verdade foi meio que oportunidade e disponibilidade. Foi tudo uma conjunção de coisas. O Renato e a Bia [responsáveis pelo espaço do Liverpub] convidaram a gente, aí as meninas quiseram fazer o clipe e tudo confluiu para que a gente fizesse o clipe aqui hoje,” declara Ignez. “A gravação é da Erika Mariano e do Gabriel Castro. São alunos da UVV que estão fazendo isso para uma disciplina de vídeo. Todo mundo ganha!

Gravação do clipe da música “Teresa” da @whateverhappenedtobabyjane

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A música escolhida para o clipe chama-se “Teresa”, que, segundo a baixista, “é um alter ego de todas as pessoas. É aquela parte que você não quer mostrar para as pessoas, mas que de vez em quando ela escapa. Essa é a Teresa.” Sua gravação aconteceu da melhor forma possível: sem frescuras e no meio do repertório da banda, que tocava num palco tomado por manequins e garrafas de Heineken.

A banda estava indiscutivelmente em seu melhor momento e o público estava alucinado. Várias Teresas dançavam cada uma à sua maneira, numa mistura de transe e catarse. O entrosamento entre o trio e a plateia era tão evidente que foi necessário apenas uma repetição da música — simplesmente para se ter certeza de que o material registrado daria conta do recado. “A gente está especialmente relaxada, né, depois de voltar do Rio, então vai ser um show bem relaxado,” comentou Vanessa pouco antes de subir ao palco. Ela não poderia estar mais certa.

O videoclipe de “Teresa” será disponibilizado nesta sexta-feira (08/12), exclusivamente pela Vice. No mesmo dia também será lançado pela Läjä Records o single Dolores, que conterá a própria “Teresa” e a violenta “Corpos Empilhados”. Ambas as músicas foram novamente gravadas por André Nucci, no Comanche Recording Company — uma prova de que essa parceria realmente funcionou.

Deixem elas em paz

Com pouco mais de um ano desde que aquele simples desabafo no Facebook acabou virando uma banda, a Whatever Happened to Baby Jane definitivamente não nos dá tédio! O trio cada vez mais demonstra um incrível amadurecimento e não só como uma entidade musical, mas como pessoas que compartilham os mesmos valores e que juntas buscam trilhar a mesma trajetória. “Todo mundo cresceu. Todo mundo mudou. E acho que o mais interessante é isso: é dentro da liberdade que cada uma faz o que quer […] e é isso, assim, natural. Muito espontâneo e eu acho que é isso que tem dado certo entre a gente,” orgulha-se Ignez.

Lorena sequer consegue juntar palavras para falar de sua evolução com as amigas. O deleite é tanto que a guitarrista contenta-se apenas com um belo e prolongado “porra, cara!” Vanessa, por sua vez, optou por fazer uma análise mais profunda do grupo: “é muito latente o amadurecimento da banda. Então, assim, dá para ver uma diferença muita clara à medida que a gente cria cada coisa. Quem estiver acompanhando as gravações e os lançamentos vai ver esse amadurecimento. Tem uma diferença grande do que a gente fez antes, para o EP, e do que a gente está fazendo agora para o single. A gente imagina que, para as novas criações e quando for fazer um registro maior — um registro físico —, também vai ter muita diferença do que se viu e do que está se vendo agora.

Após uma enxurrada de shows, EP, single e videoclipe, a banda provou que dispõe do que é preciso para seguir adiante: uma proposta coesa, uma atitude condizente, a devoção de suas integrantes, um público fiel e, o mais importante, músicas fortes o bastante para falarem por si só. Dentre estas realizações, o próximo item na lista de afazeres torna-se cada vez mais palpável e, considerando que todas as circunstâncias se alinhem, não deve demorar até que o trio grave seu primeiro álbum. “A gente tem vontade de gravar todas as músicas, né?” entrega Ignez. “Até para a gente mesmo é bom gravar as músicas. Mas aí tem tempo, investimento, essas coisas. Talvez em 2018.

Que 2017, por favor, acabe logo!

Texto: João Depoli.

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