9 lançamentos que deixarão o Espírito Santo ainda mais interessante em 2018

Confira a modesta lista que preparamos com nove bandas capixabas que farão lançamentos de álbuns ou EPs neste ano de 2018
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Foto de capa: Reprodução/Youtube.
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Depois de apresentarmos uma seleção com alguns dos lançamentos que marcaram o ano de 2017, nada mais apropriado do que indicar algumas das apostas que definitivamente causarão um grande alvoroço no mundo da música capixaba neste primeiro semestre de 2018. Veja!

1. Envolto

O Envolto surgiu na cidade Linhares no auge da cena hardcore do início do milênio. Após passar mais de uma década tocando com os grandes representantes do estilo (Dead Fish, Sugar Kane, Dance of Days, Menores Atos e Noção de Nada), a banda percebeu que havia chegado a hora de finalmente imortalizar o seu trabalho e se jogou em estúdio. Com previsão de lançamento para Março, Distante será o primeiro álbum do grupo capitaneado pelo guitarrista e vocalista Weksley Gama.

Sob a produção de Léo Molini (Merda e Impatients), o disco foi gravado em Vila Velha, no Estúdio Level. Contará com onze faixas e algumas belas participações especiais, como Alyand Mielle e Rodrigo Lima (Dead Fish) nas músicas “Ruas” e “Velho Jogo”, além de Luiz Felipe Fabris (atual Benin e ex-Menores Atos), na canção “Contas e Escolhas”.

2. Rabujah

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Juliano Rabujah apresenta um trabalho que transita entre o orgânico e o eletrônico. Lançou seu primeiro álbum, O Que Meu Samba Tem, em 2011, pouco antes de se mudar para o Rio de Janeiro. Por lá, o cantor se apresentou por alguns anos até conseguir reunir a bagagem e o conteúdo suficientes para trabalhar em suas novas composições.

Após o seu retorno ao Espírito Santo, lançou os EPs Quarto e Sala (2013) e Cozinha Americana (2014), que, graças ao seu senso de continuidade e plenitude, funcionam como um disco único. Seu novo álbum de canções inéditas, intitulado Poemia, deveria ter saído no ano passado, porém alguns problemas logísticos adiaram seu lançamento para 2018. De qualquer forma, as palavras “Rabujah” e “inéditas” na mesma frase sempre formarão uma revigorante combinação de sucesso!

3. Manfredo

Manfredo já é um nome de destaque e de grande relevância na música capixaba. Tocando profissionalmente há mais de uma década, foi o líder da banda Manfredines, com a qual dividiu palco com renomados artistas brasileiros, como Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Los Hermanos, O Rappa, Jorge Ben, Móveis Coloniais de Acaju, Macaco Bong e outros.

Atualmente em carreira solo, o músico lançou seu primeiro single, “Sweet River”, em Agosto do ano passado. A música veio acompanhada de um belo clipe que tratou do desastre do Rio Doce, sendo inclusive exibido em alguns festivais cinematográficos por aqui. Com previsão de lançamento para este ano, seu primeiro EP está em fase de produção e exibirá toda a bagagem e amadurecimento que o músico acumulou ao longo de sua trajetória.

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4. Gabriela Brown

Gabriela Brown é uma cantora francesa radicada no Espírito Santo. Teve a sua estreia no mundo das composições autorais em português no ano passado, quando divulgou uma performance da canção “Anti Maré” no estúdio Sala de Estar. Em Novembro, Gabriela lançou uma cativante versão ao vivo de sua música “Bonito é o Quê?”, que inclusive lhe garantiu um lugar entre as cinco finalistas do concurso Novas Divas By Niely.

A cantora franco-capixaba no momento encontra-se trabalhando em seu primeiro EP, que contará com a produção de Rodolfo Simor (conhecido por seu trabalho com SILVA, Solana e André Prando). Quanto à sua sonoridade, Gabriela garante que “a vibe está indo para um soul brasileiro.” E ela não para por aí! Além do EP, a cantora também está preparando dois singles: um com Edu Donna (Scrap) e outro com Nox (Listen The Kidz).

5. Broken & Burnt

Formada no final de 2011, na Serra, a Broken & Burnt lançou seu primeiro álbum, Let The Burning Begin, logo em 2012. Na sequência, gravou o Split-EP Stolen/Unsober (2013) com os parceiros da Blackslug — banda na qual Hugo Ali (vocalista e guitarrista da Broken) cuida da bateria. Seu último registro foi o disco It Comes To Life (2016), que buscou inspiração no romance Frankenstein, de Mary Shelley.

A banda agora trabalha para aprimorar ainda mais toda a sua identidade stoner num novo EP a ser lançado em breve. Iniciou a fase de pré-produção ainda em Dezembro e agora já está em estúdio com Igor Comério, que foi o responsável pela produção dos últimos lançamentos do quarteto.

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6. Os Pedrero

Formado no final da década de 90, em Vila Velha, Os Pedrero é mais um dos projetos do músico e empresário Fabio Mozine (Mukeka di Rato e Merda). A banda recentemente finalizou a gravação do sucessor do álbum Sou Feio Mas Tenho Banda! (2009) e do EP Lúcifer (2013). Intitulado Deu um Treco no Teco-Teco, o novo disco será lançado numa parceria entre Läjä Records, Forever Vacation Records e HBB Records — tanto nas plataformas digitais quanto em CD e LP.

Com data de lançamento para o dia 9 de Fevereiro, o álbum foi produzido por Capilé (Sugar Kane e Water Rats), que acompanhou as gravações durante o mês de Dezembro no Estúdio Costella, em São Paulo. Além dele, o disco também contou com participações de Lorena Bonna (Whatever Happened to Baby Jane), Rodrigo Lima (Dead Fish), Philippe Fargnoli (CPM 22) e Anderson Dias (Guitarria). A sonoridade esperada para este registro é aquela junção do bom e velho punk rock com letras escrachadas, ácidas e extremamente divertidas — marca registrada do grupo.

7. The Devils

Diretamente do município da Serra, a banda The Devils iniciou sua carreira em meados de 2011 e tornou-se a porta-voz capixaba da New Wave of Brazilian Heavy Metal — que, segundo o vocalista Izzy, é um conceito que engloba “as bandas de 2010 pra cá. A nova onda do metal brasileiro.” Influenciada por grupos consagrados, como Diamond Head, Black Sabbath, Judas Priest e UFO, lançou seu EP de estreia, First Time, Homemade, em 2015.

Após fazer diversos shows, preparar três edições do festival The Devil’s Fest e ficar em segundo lugar no 1º Festival de Rock da Vitória Harley-Davidson, a banda está prestes a lançar seu novo álbum. Até então, o grupo já disponibilizou três singles que estarão no disco: “Nymphomaniac Part 03”, “Mr. Buddy” e “No Bullshit” — uma porrada atrás da outra!

8. Blackslug

A Blackslug (ou Lesma Preta) é uma banda de stoner rock liderada pelo veterano guitarrista e vocalista Leonardo Machado. Surgiu em 2013, após a dissolução das antigas bandas de Machado e Hugo Ali (bateria), que se juntaram despretensiosamente para tocar alguns riffs enquanto desfrutavam de um bom papo regado a belas cervejas. Antes que se dessem conta, lançaram o Split-EP Stolen/Unsober (2013), com a Broken & Burnt, e logo no ano seguinte já colocaram na praça o seu primeiro álbum, o destruidor Scumbag Messiah.

Desde então, o grupo vem trabalhando incessantemente na divulgação de seu trabalho. Este esforço inclusive se mostrou um fator crucial à sua longevidade, pois garantiu aos seus integrantes (sobretudo Leonardo) uma melhor compreensão da dinâmica da banda e de suas composições. Com esta nova mentalidade e segurança adquiridas, a Blackslug atualmente está no Estúdio Voadora, gravando um novo EP com o produtor Igor Comério. O registro deverá sair em breve e contará com três músicas inéditas que prometem exibir um retrato condizente de sua fase atual.

9. André Prando

Os olhares da cidade se voltaram a André Prando quando o músico venceu o V Festival Prato da Casa, em 2011, com a música “Inverso Ano Luz”. Lançou-se então na estrada como um artista solo e seu EP de estreia, Vão, veio pouco depois, em 2014. Aproveitando o momento, André gravou seu primeiro álbum, Estranho Sutil (2015), cujas composições mesclaram uma identidade poética cotidiana com uma base de rock psicodélico. O disco foi eleito um dos melhores do ano e lhe rendeu o status de um dos principais nomes da música do Espírito Santo.

Para 2018, André promete lançar um álbum que apresente uma nova sonoridade às suas composições. Para preparar o ouvinte, disponibilizou o belo single “Em Chamas No Chão”, considerado pelo cantor como um marco em sua transição musical.

Texto: João Depoli.

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