Sandrinho fala sobre o novo álbum do Mukeka di Rato: “O disco se chamará 40 Carnavais numa Noite.”

Em entrevista ao Nada Pop, vocalista do Mukeka di Rato fala sobre o futuro da banda, seu processo criativo e seu trabalho como cientista social
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Sandro Juliati com Mukeka di Rato (Crédito: Reprodução/YouTube).
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O disco se chamará 40 Carnavais numa Noite e falará sobre Sexo Drogas e Rock n Roll, envoltos do hedonismo à política,” disse Sandro Juliatti — o famoso Sandrinho do Mukeka di Rato.

Na entrevista que concedeu na semana passada ao site Nada Pop (uma raridade, visto que estas normalmente são feitas com o baixista Fabio Mozine), o vocalista falou sobre as férias que o Mukeka resolveu tirar após seu último show no Correria, em Dezembro do ano passado, e o valor deste período para a concepção do novo álbum, embora a banda ainda não tenha efetivamente começado o processo. “Na real, nesse ano ainda nem paramos nisso, e isso mostra que isso tudo é uma mentira e mais um golpe em curso nesse Brazilzão,” brincou.

A ideia da banda é fazer um álbum com menos correria e mais cautela (algo até então inédito). Com a sonoridade ainda incerta (eles até cogitaram uma pitada eletrônica, mas o vocalista acredita que “isso não vingará”), a temática central será voltada basicamente às “drogas”. Analisando seus discos, Sandro chegou à conclusão que este é o tema mais apropriado: “depois do primeiro álbum, que é meio mosaico, geralmente partimos de um conceito ou tema e tentamos fazer com que as letras girem nessa órbita. O Gaiola é mais existencial, o Carne é sobre globalização, o Hitler’s Dog é sobre guerra e urbanidades, agora virá outro álbum sobre drogas (a moçada gosta parece!)”.

Além dos trabalhos com o Mukeka di Rato em estúdio, Sandro também está ocupado com seu cargo de supervisor de pesquisa de campo do programa Ocupação Social, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, bem como com o retorno da banda Volapuque. “Fizemos meia dúzia de shows e gravamos seis músicas lowfizão. Estamos com um integrante novo, e este ano lançaremos um CD com dez músicas, seis serão regravadas dessas que gravamos ao vivo no estúdio, e mais quatro novas.

Além disso, o músico também garantiu ser uma pessoa que não perde muito tempo com nostalgia. Cabe lembrar que, em 2017, quando Pasqualin na Terra do Xupa-Kabra (1997), o disco de estreia da banda, completou 20 anos, o Mukeka não aproveitou a ocasião para sair numa turnê comemorativa. Em 2019, quando Gaiola (1999) também chega à marca de duas décadas, Sandro foi novamente enfático ao afirmar seu posicionamento e preocupação com um trabalho mais atual. “Em 2019 espero que seja show pra divulgar um álbum novo, mais que comemorar algum antigo,” afirmou.

Clique aqui e leia a entrevista na íntegra.

Texto: João Depoli; Foto de capa: Reprodução/YouTube.

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