Blackslug domina seus velhos hábitos em surpreendente novo EP

Numa conversa com Leonardo Machado, Paulo Emmerich, Hugo Ali, Luiz Magnago e Igor Comério, dissecamos ‘Old Habits Die Hard’, o incrível novo EP da Blackslug
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Foto de capa: Daniel Eliziario.
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Rápido, agressivo, visceral, imprevisível e um autêntico retrato de um grupo que descobriu o seu lugar dentro de si mesmo, este é Old Habits Die Hard, o tão esperado novo lançamento da Blackslug. “A gente sabe que as coisas são fugazes e a realidade foge mesmo, então aproveitamos que a articulação do momento era boa e que os quatro estavam funcionando muito bem e as músicas também. Se são três que temos para dar, vamos dar três músicas do melhor jeito possível,” afirma o vocalista e guitarrista Leonardo Machado, debruçado orgulhosamente no sofá de sua casa enquanto a chuva que alagava as ruas de Jardim da Penha servia como nossa trilha sonora. “Quero tocá-las e ter a galera com sangue nos olhos falando: ‘que música divertida. Que show divertido’.”

Do you believe who you are?

Disponibilizado no Bandcamp da banda no último dia 10, o EP é o sucessor do intenso e sombrio álbum de estreia, Scumbag Messiah, lançado há quase quatro anos. Naquela época, o disco revelou um quarteto afiado em suas composições e instrumentos, porém ainda incerto do que sua união realmente significava em termos de uma entidade orgânica funcional. “Toda a sonoridade do Scumbag, por mais bem delimitada que ela seja, é meio fechada, meio estranha. É como se fosse uma nuvem preta que você tem que ter coragem para atravessar e ver se lá dentro é legal,” pontua Machado. Mesmo com nove invejáveis canções e uma excelente repercussão, o disco ainda refletia uma pungente necessidade de autoafirmação que só seria revertida por uma miríade de fatores — embora dois tenham sido os grandes responsáveis pelo surgimento do atual lançamento. A entrada definitiva de Luiz Magnago no até então volátil cargo de baixista — “ele não foi nem o primeiro, nem o segundo… e nem o terceiro,” lembra o guitarrista e também vocalista Paulo Emmerich — e a intensa carga de apresentações funcionaram como um exercício não só de autoconhecimento, mas de reinvenção.

Desde a sua formação em 2013, a Blackslug não havia se permitido desacelerar. Estava tão envolvida no complexo processo de assimilar a própria identidade que não havia espaço para mais nada. Felizmente, a situação mudou. “Creio que estamos mais despreocupados em estarmos no 220V o tempo todo e além disso um tanto mais ‘song oriented’ ao invés de ‘riff based’,” reflete o baterista Hugo Ali sobre a nova fase do grupo que fundou com Machado. O resultado desta nova abordagem é tão nítido que chega a ser gritante. Embora a banda insista em dizer o contrário em sua faixa de abertura, “The Riddle”, é evidente que ela de fato conseguiu desvendar o enigma de si mesmo: as novas músicas em nada remetem à fórmula empregada em Scumbag Messiah (se é que havia alguma), mas ao mesmo tempo exalam toda a essência característica da Lesma Preta.

Do what comes to your head

Inicialmente concebido para ser um álbum, Old Habits Die Hard tornou-se um EP após um extenso período de laboratório com o material que a banda havia acumulado. “A gente tinha umas dez ideias que já tinham passado por uma triagem. Dessas, umas não estavam funcionando, você vai se apaixonando mais por outras e essas vão ficando,” conta Leonardo. Com uma surpreendente seleção de sobreviventes deste período experimental — a eufórica “The Riddle”, a impetuosa “Mad Dog” e a multifacetada “Hole In The Sun” —, a banda se viu em posse de canções que não poderiam estar mais distantes de fórmulas e estéticas preconcebidas. Isso inclusive dificultou o próprio entendimento do que realmente se tratam esses “velhos hábitos” que as aglutinaram num EP. “Esse título pintou tem uma cara já. A gente nem tinha muita noção do que seria esse EP. Pra mim, ele sempre teve a ideia de ‘continuamos marretando forte e isso dificilmente mudará’,” alega Hugo, confirmando, mais uma vez, a abordagem despretensiosa que a Blackslug empregou neste lançamento.

Embora o conteúdo de suas canções discuta temas como a inalcançável busca pela solução de um enigma, o metafórico ato de ser perseguido por um cão atrás de um acerto de contas e uma fantasia sobre sonhos, roubo de diamantes e o Diabo, isso não foi uma escolha consciente e em nada se relaciona com o título. “Interpretação é tudo,” diverte-se Leonardo com minhas suposições em busca de um significado. “Assim como no próprio Scumbag, [o EP] não é deliberadamente um disco conceitual e as paradas não têm uma unidade explícita e determinada previamente, mesmo que eu olhe pra ele de uma forma unitária. […] Quem sugeriu o título fui eu e, pra mim, ele tem muito a ver com eu estar aceitando melhor essa parada do relacionamento do grupo de uma maneira geral. Os velhos hábitos aí que eu menciono, imediatamente e musicalmente falando, têm mais a ver com o meu excesso de autoritarismo. Querer controlar as paradas e saber o que está rolando e deixar isso pra lá, sacou? […] Assim como o Scumbag, o Old Habits é, em primeiro lugar, um título pelo título.” Mas o que são velhos hábitos senão instintos? “O Paulinho interpretou a parada desse jeito. Ele fez aquela arte e eu achei perfeito. É uma parada de instinto, é predatório: ‘caiu na teia? Tome!’ Então a capa traz isso muito bem.”

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Capa do EP Old Habits Die Hard (Arte: Paulo Emmerich).

Just to get behind the scenes

Assim como seus predecessores, as gravações do novo EP ocorreram novamente no Estúdio Voadora, em Valparaíso, Serra — uma espécie de quartel general da Blackslug. Sob o comando de Igor Comério, o processo transcorreu-se entre os meses de Dezembro e Março e, apesar de suas adversidades — o calor escaldante que acometia a região, a latente tendinite que impossibilitava Paulo de tocar guitarra por períodos prolongados e a viagem de Hugo aos Estados Unidos — o clima das gravações não poderia ter sido melhor: leve, descontraído, seguro e colaborativo.

“Como fizemos prés, já sabíamos basicamente o que seria gravado em termos das fundações das músicas. Foi super tranquilo pra mim, porque, além de confiar nos jovens, a polícia da guitarra estava a postos durante as gravações. De vez em quando recebia umas prévias das gravinas e fui acompanhando e entendendo o processo. Infelizmente, cheguei a tempo de atrapalhar a mixagem,” diverte-se o baterista ao recordar o período em que precisou sair do país após a gravação das baterias e deixar o resto do processo nas mãos de seus companheiros. O que ele deixou de mencionar, foi que sua ausência veio após o primeiro dia, quando, em pouquíssimos takes, finalizou todas as linhas de bateria — com destaque à seção final de “Hole In The Sun”, na qual improvisou uma espécie de levada-solo de quase dois minutos.

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Old Habits também marcou a primeira participação efetiva de Luiz nas gravações do grupo. “Eu adoro o processo de gravação. Concretizar arranjos, interpretá-los e entender como eles estão funcionando na mix. É um processo que me agrada muito. Foi bastante divertido entrar em estúdio com esses caras,” confessa o baixista sobre poder finalmente imortalizar suas assustadoramente brilhantes ideias na trajetória da lesma. “Ele fez todas as linhas de baixo. Algumas experiências que ele fazia… são coisas que eu nunca pensaria,” surpreende-se Leonardo. “Eu gosto muito da forma como ele pensa. O Luiz faz umas paradas que a gente tem muita dificuldade de fazer,” completa Paulo.

Do curto período em que o quarteto esteve em estúdio, o segmento mais memorável definitivamente foi a gravação das guitarras, que aconteceu durante três dias: encontrar os timbres certos, registrar as bases e finalizar com os solos. O evento reuniu o maior desfile de Gibsons já visto fora de uma loja de instrumentos — o que torna inacreditável o fato de que a marca esteja passando por problemas financeiros. “É aquela história: ‘with a little help from my friends’. Sem César Schroeder [Broken & Burnt], sem Rafael Sodré [Dublin] e sem o próprio Igor, que manja de guitarra pra caralho… Os caras trouxeram não só os equipamentos, mas a sensibilidade e a entrega. Puseram o ouvido lá e a gente ficou punhetando. Eu me senti… Nem sei como descrever. Não tem ninguém competindo, é todo mundo brother ali, se ajudando e aí a parada cresce mesmo. A gente pode ter mérito pelos riffs e pela tocada, mas as timbreiras inteiras é todo mundo junto. Privilégio sem igual,” admite Machado em tom de agradecimento.

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Leonardo Machado busca pelo timbre ideal em meio aos pedais de César Schroeder (Foto: João Depoli).

Facts are all that matter

Embora o talento da banda seja inegável, boa parte do sucesso desta investida está nas mãos, ouvidos e mente criativa de seu quinto elemento honorário, Igor Comério — que gravou, mixou e masterizou o EP. “A galera de fora acha que fazer música é só fazer um riff e colocar a voz. Encontrar a estética é foda […], por isso que eu não canso de reforçar o papel do Igor,” crava Machado. “Igor é gênio, o que eu posso fazer? Só obedeço. […] Ele é o nosso George Martin sem menor escrúpulo, até porque ele tem a paciência, o refinamento e o conhecimento pra fazer certas paradas que nenhum de nós têm. Isso é indiscutível. Ele se engaja em fazer a parada pela arte.”

João Depoli: Old Habits Die Hard já é o seu terceiro trabalho com a Blackslug. Além da nítida amizade que existe entre vocês, o que mais lhe atrai em trabalhar com essa banda?

Igor Comério: Acredito que seja entender a música como um projeto, que leva tempo pra amadurecer e que o processo de continuidade é muito importante para o crescimento tanto do artista quanto da qualidade do meu trabalho. A cada nova etapa do projeto, todas as partes se doam um pouco mais e trazem novas ideias e aprendizados pra somar e buscar a evolução que vocês podem acompanhar nesse novo trabalho. Eu sempre tento conversar com os artistas que procuram o meu estúdio da importância, principalmente no cenário independente, de ter alguém que acompanhe a banda além do tempo que ela vai entrar no estúdio e gravar.

Comparado aos trabalhos anteriores, houve alguma diferença na abordagem da gravação destas três músicas?

Sim, a maior parte delas é resultado do processo de pré-produção que aconteceu melhor, ainda que não ideal, mas significativamente melhor do que em todos os outros trabalhos da banda. Quanto melhor a pré-produção, mais divertida fica a gravação e mais tempo a gente pode se dedicar no estúdio a buscar uma melhor interpretação e melhores timbres — como deve ser.

E na sua opinião, qual foi a melhor parte?

Eu gosto bastante de gravar bateria, porque acredito que, com um bom som de batera, tudo fica mais fácil. Nesse processo, as guitarras foram especialmente divertidas: tiramos um dia só para experimentar combinações de guitarras, amplificadores e um bocado de pedais de drive e fuzz. O César Schroeder trouxe um Mesa Boogie pra somar ao Marshall do estúdio, algumas guitarras e ajudou bastante no processo — tanto no dia de escolher as combinações quanto nas gravações. Além disso, tivemos a honra da presença do Rafael Sodré, que é gênio e estudioso do universo dos timbres de guitarra e que também compartilhou uns brinquedos conosco.

Das três canções, qual é a sua preferida?

Essa é fácil, sou fã de grandes melodias, então a escolha é “Hole In The Sun”. Melhor melodia de todas as músicas que a banda já fez em minha opinião, com bateria e baixo colados e bem potentes nos graves.

Você consegue identificar uma evolução no conjunto da obra da Blackslug ao longo de seus lançamentos?

Sim, a evolução neste trabalho é gritante comparada com qualquer outro lançamento que a banda já fez.  Nesse [EP], o Paulo se tornou uma figura constante nos vocais e trouxe ótimas melodias pra banda, deixando mais espaço pro Léo trabalhar as guitarras. O Luiz assumiu o baixo e tem desenvolvido uma cozinha bem interessante com o Hugo — são dois caras extremamente musicais. No geral, as músicas ficaram com melodias mais ricas, menos gritos e bem mais dançantes e divertidas, sem perder a essência da banda nos riffs “slug”.

Como quase que um “quinto membro” do grupo, existe algo que você acharia interessante que fosse acrescentado à sonoridade da banda para gravações futuras?

Eu gostaria de ver mais acordes abertos soando e dividindo espaço com os riffs marcantes da banda. Também acredito que a banda deveria ter a parte de produção musical — que foi praticamente independente e realizada pela própria banda ao longo de todos os trabalhos — sendo dirigida por uma pessoa externa. A banda construiu uma forma de trabalhar independente ao longo desses anos e acho que o próximo passo pra continuar avançando seria experimentar um novo processo de produção e direção musical nas músicas.

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Igor Comério faz suas anotações enquanto grava a Lesma Preta (Foto: João Depoli).

Unearth the beast under your bed

Tratando-se da essência das diferenças estéticas entre o novo EP e Scumbag, Leonardo garante que “fez o máximo possível para não existir qualquer tipo de pré-direcionamento — acho que isso restringe muito artisticamente. […] Não teve muito desse negócio de deliberar esteticamente não.” Além disso, enquanto o primeiro álbum foi composto essencialmente pelo guitarrista e Ali, o processo desta vez se mostrou mais colaborativo. “Eu vejo que dessa vez jogamos 100% em time e que isso gerou um resultado onde agregamos mais elementos de cada integrante durante o processo como um todo,” garante o baterista.

“Escutei muito Queens of the Stone Age, muito Queen também, Foo Fighters, Pearl Jam e essas coisas do mainstream, mas eu também escutei uns stoners muito maneiros que eu gosto muito atualmente, que é o Red Fang, Mars Red Sky e Ape Machine,” assinala Emmerich sobre a lista de influências que trouxe às novas composições, que inclusive somam uma parcela considerável das canções escolhidas. Tamanha foi a importância de sua participação, que a própria voz dominante do atual registro é a sua — uma manobra tão ousada quanto humilde, visto que os vocais de Machado compreendem um dos elementos mais ricos da sonoridade do grupo. “Quando você escuta, até aparece um pouco mais da minha voz, mas o Léo é uma presença fundamental ali, porque eu não consigo fazer aquele drive que ele faz, nem fodendo — ele tem uma manhã ali que eu não consigo não,” admite o guitarrista.

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“Quando eu chamei o Paulinho, eu já o imaginava compondo, cantando, tocando guitarra e a porra inteira como ele está fazendo agora,” esclarece Machado sobre a mudança do centro criativo da Blackslug. “A participação dele ser mais incidente, mais forte, é muito mais mérito dele mesmo. É muito mais o fato de que a gente estava ensaiando, começava um jam e ele vinha e bolava um riff genial ou ele chegava e falava ‘olha, estou com essa música aqui.’ Ele se engajou na parada como membro da banda e começou a trazer. […] As ideias estavam vindo dele e a gente estava curtindo, sacou? A parada foi tendendo a esse equilíbrio.”

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Paulo Emmerich (esq.), Leonardo e parte do exército de Gibsons (Foto: João Depoli).

Dancing out there in the heat

Na tarde em que Old Habits Die Hard foi disponibilizado (desta vez o registro será exclusivo às plataformas digitais), a banda não estava reunida em casa celebrando o feito com brindes de champanhe e outras formalidades. Na verdade, o quarteto estava enfurnado na Casa Verde trabalhando a todo vapor, pois em breve o Centro de Vitória receberia a quinta edição do Festival Voadora Records, no qual a banda era a anfitriã.

Quando a Blackslug finalmente subiu ao palco para fazer o lançamento oficial de seu EP, a Casa Verde já estava fervendo. Embora o evento tenha marcado o seu terceiro show em menos de uma semana, a atmosfera mais se assemelhava a um triunfal retorno de uma banda que esteve distante em turnê pelos últimos anos. “Foi sensacional, foi muito doido, foi incontrolável. Rock é isso. Esse ano estou na missão de fazer o possível para tocar nos menores lugares, porque quanto mais perto das pessoas estivermos, mais a parada funciona,” regozija-se Leonardo ainda em processo de recuperação da noite anterior. “Já tem uns guris lá na beirada batendo cabeça, tinha uns guris já cantando e isso é maneiro. Ainda tinha aquela pessoa que está achando estranho, mas está batendo o pé e se mexendo lá no canto e olhando com aquela cara de curiosidade. Isso é impagável.”

Assim como no EP, a apresentação teve início com “The Riddle” e “Mad Dog”, que foram seguidas pelas demais músicas do repertório do grupo sem que houvesse qualquer tipo de quebra na dinâmica estabelecida pelas novatas. Muito calor, suor, headbanging, imprevistos técnicos satisfatoriamente contornados e uma performance impecável levaram o quarteto e o público ao ponto alto da noite: “Hole In The Sun” — unanimemente o momento mais célebre na carreira da lesma. “Gosto de como ela se desenvolve. Desde o primeiro dia eu sinto que ela tem um quique diferente das outras músicas, algo mais ‘dançante’. É o maior exemplo do que [é] uma canção e não uma junção de riffs e batidas,” pondera Hugo. “Ela tem o groove, tem a dança, tem o peso, tem um refrão que se destaca entre as outras músicas e o riff do final é ‘grande’. Tem vários elementos que me agradam bastante em uma música,” acrescenta Magnago.

“Hole In The Sun” não é apenas uma boa música para se encerrar um disco. Com uma variedade sonora tão bem orquestrada, seu efeito no próprio âmago da banda foi espantosamente brutal. “Ela modificou a Blackslug mesmo. Essa música foi uma parada de afirmação da participação [do Paulo] na banda [também]. A música é diferente, tem um ‘refrãozão’ — quase que ‘pop’ para o que a gente faz. A gente gosta muito da música. Ela é aquele tipo de ideia que, desde quando a gente começou a trabalhar nela, qualquer um que a ouvia se contaminou. Ela tem esse grude, e ela animou. Talvez ela seja determinante para a cara que o disco ganhou, não necessariamente musical, mas pela forma como fez a gente querer fazer música de novo. […] Ao mesmo tempo que ela é completamente diferente, a gente ficou completamente apaixonado por ela,” assume Leonardo. “Esse contraponto da música que espanca os ouvintes e que ainda soa como uma canção é uma praia que podemos mergulhar mais e mais futuramente,” concorda o baterista.

Mad Dog, do EP “Old Habits Die Hard”. Lançado hoje! #casaverde #live

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It’s beautiful to ride

“Vamos ver o que vai acontecer agora. A gente, assim como os outros brasileiros, depende do fim do carnaval e de passar Março para começar a existir. Então, a gente já começou o ano com três pés direitos, com esse show de ontem [na Casa Verde, um no Garage Pub e outro no Motor Rockers]. O que a gente já tem engatilhado são dois ou três shows em São Paulo no final de Abril e a gente vai dar uma focada nisso aí. Inicialmente, a ideia é continuar tocando e defender o disco por aqui. O projeto que está realmente engatilhado e que a gente deve se comprometer a trabalhar é um clipe maneiro, provavelmente para ‘Hole In The Sun’,” entrega Leonardo sobre os planos da Blackslug.

Se Leonardo demorou mais de três anos para enxergar Scumbag Messiah com uma “certa leveza”, hoje não há dúvidas sobre seu atual estado de espírito e como os velhos hábitos foram domados (pelo menos por agora). O guitarrista finalmente está tão em paz consigo mesmo e com seu grupo que, mesmo exausto, quase sem voz e jogado em seu sofá após uma maratona de três shows, seu sorriso ainda prevalece. Com Old Habits Die Hard, sua banda provou-se firme, harmoniosa e apta a novos desafios, nos deixando com um surpreendente aperitivo do novo rumo que trilha. “Esse momento agora é só curtir essa porra aí,” finaliza Machado envolto em risadas.

Então vamos lá!

Texto: João Depoli | @joaodepoli.

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