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5 artistas capixabas pra você ficar ligado em 2021

Listamos uma galera que está com trabalhos promissores previstos pra esse ano.
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Fala galera, quem fala é Guilherme Guio, editor do site musical Road to Cydonia. Após desenvolver uma parceria com o Inferno Santo desde o ano passado, é com grande prazer que aceitamos o convite do João Depoli para realizar uma lista especial de abertura para este ano pensando em artistas e bandas capixabas que prometem fazer barulho com seus trabalhos em 2021

Sem mais delongas, vamos aos cinco nomes considerados por nossa editoria como altamente promissores para este ano.

5. Rosa Chá

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Rosa Chá (Crédito: Melina Furlan).

Fundado no ano passado a partir da reorganização da banda PeladOS, o Rosa Chá é um trio de dream pop formado por Guilherme Sadala (voz), Gabriel Raymundo (baixo) e Vitor Rocha (guitarra). Com uma sonoridade dançante que traz arranjos calcados na mistura de notáveis grooves, guitarras suíngadas e uso parcimonioso de synths, o trio emprega uma estética marcante e uma base referencial sólida (que inclui nomes como Daft Punk, Charlie Puth e The Weeknd) no intuito de criar um som definido por um senso de sensualidade pulsante que é acompanhado por uma jovialidade e descontração revigorantes.

Tendo estreado oficialmente com o single “Doce Amor”, lançado em dezembro de 2020 e produzido no Bravo LAB. por Rodolfo Simor (SILVA, Solana, André Prando, Aurora Gordon, Gabriela Brown, entre tantos outros), o grupo agora se prepara para lançar o clipe de sua faixa de estreia (realizado ao lado da inigualável Melina Furlan) e seu segundo single (“Baby Sente o Groove”, novamente produzido por Simor) ainda neste primeiro trimestre. Um bom contraponto para as sonoridades mais soturnas e densas que têm surgido no contexto da pandemia e altamente recomendado para aqueles que desejam curtir um som viajandão e repleto duma vibe particularmente relaxante.

Instagram: @rosa__cha__

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4. Alinne Garruth

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Alinne Garruth (Crédito: Melina Furlan).

Parte da fantástica onda de cantoras emergentes que tem tomado forma no estado ao longo da última década, Alinne Garruth figura como um de seus exemplares mais deliberadamente instigantes e despojados. Empregando uma abordagem estética que mistura pop, R&B, hip-hop, música latina e beats com vocais carregados de visceralidade em meio a arranjos esparsos para criar paisagens sonoras economicamente marcantes, a cantora habita um espaço de intersecção bem particular entre a familiaridade e o experimentalismo com conforto e segurança crescentes.

Veja Alinne na nossa lista:

Trazendo um ótimo compacto em seu currículo (‘Abre Alas’, lançado no ano passado), Garruth se distingue entre suas pares por meio de sua apresentação esteticamente carregada (e bem multifacetada, diga-se de passagem), seu senso inerente de espontaneidade e interpretações que trespassam suas faixas com uma uniformidade que cria um contraponto interessante aos arranjos altamente contrastantes. Atualmente em processo de produção, a cantora é uma indicação para aqueles que desejam conhecer um som intrigante justamente pela mistura de elos referenciais claros com um je ne sais quoi todo especial.

Instagram: @alinneg

3. Chorou Bebel

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Chorou Bebel (Crédito: Divulgação).

Outro trio presente nesta lista, o Chorou Bebel calmamente vem trabalhando para se tornar um dos exemplares mais sólidos de grupos que, misturando uma vasta miríade de influências para compor uma linguagem caleidoscópica, realiza uma MPB de solidez e elegância invejáveis. Formado pela cantora Raiany de Martin e pelos músicos Guilherme Bozi (que também assume os backing vocals) e Gabriel Bebici, o trio surgiu a partir da ideia de reinterpretar clássicos e expoentes recentes da música brasileira, passeando com paciência no circuito local até transitar para a autoralidade, vindo a figurar como um dos nomes capixabas mais magnéticos e pungentemente fascinantes a despontarem no ano passado.

Contando com duas excelentes faixas no currículo (“Forrobodó” e “Mandiguê”) que sugerem um universo simbólico e musical riquíssimo a ser explorado dada sua mistura impressionante de aprumo e emotividade, o Chorou Bebel é um grupo que se mostra irresistivelmente cativante tanto por sua reverência quanto por seu bom gosto inegável e criatividade altamente espirituosa e que se encontra em processo de elaboração de seu primeiro compacto. E é interessante notar como que, mesmo num universo tão saturado quanto o da dita “Nova MPB”, este grupo alcança um forte senso de autenticidade ao investir na franqueza como princípio primário para a realização de seu trabalho. Indicação obrigatória.

Instagram: @chorou.bebel

2. Pirikito

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Pirikito (Crédito: Divulgação).

Uma das revelações mais interessantes de 2020, o projeto-solo do cantor e compositor Gabriel Muniz (vocalista do Pura Vida), também conhecido como Pirikito, é um daqueles trabalhos que pode não impactar de maneira retumbante à primeira vista, mas vai ganhando estatura inegável a cada nova audição, gradativamente conquistando o ouvinte por conta de sua mistura de doçura irrestrita e honestidade. Fundamentalmente um projeto de easy listening que mistura canções solenes e repletas de alma com fortes pinceladas de folk, surf music e soul, esta nova investida de Muniz cativa o ouvinte com precisão cirúrgica pela maneira com que concilia leveza, intimidade e um senso inequívoco de humanidade.

Com três singles lançados até então — “Quiet Days”, “Um Sol a Cada Dia” e “It’s Been a While”, todos produzidos por Rodolfo Simor —, um registro mais longo previsto para este ano e em meio a uma crescente exposição (incluindo citações em sites internacionais e na renomada Rolling Stone), Pirikito é um artista de simplicidade e afabilidade tocantes que convence justamente pelo espírito confessional e imensamente simpático que confere a cada uma de suas composições e trabalhos (incluindo os clipes, feitos pelo próprio Muniz). Fortemente indicado para todos aqueles que desejam conhecer um som suave e reconfortante que ganha pontos adicionais por se mostrar repleto de alma e despretensão.

Instagram: @pirikitomusic

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1. Thaysa Pizzolato

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Thaysa Pizzolato (Crédito: Bernardo John).

Uma das figuras mais discretamente carismáticas e bem-quistas em atividade no atual circuito independente do estado, a musicista e compositora Thaysa Pizzolato é dona de uma trajetória marcada por muita transpiração e conexão com diversos elos do universo no qual habita, trabalhando sempre em função de elevar quaisquer projetos com os quais se envolva a partir de seus dotes como instrumentista e de sua persona adorável.

Evidenciada originalmente como tecladista da ótima Auri e conquistado crescente renome por conta de sua versatilidade e eficácia — devidamente registradas em uma multitude de colaborações junto de projetos como A Transe, Melanina MCs, LERA, entre inúmeros outros — Pizzolato recentemente lançou seu primeiro trabalho autoral, o compacto ‘Low Hype Machine’, inusitado projeto instrumental no qual explora sua predileção pela estética synthwave e sua habilidade com seus instrumentos de escolha, dando passos largos para a definição de sua identidade artística no processo. O resultado final é um trabalho de sofisticação irrefutável que, cativante e evocativo em medidas equivalentes, convida o ouvinte a repetidas audições.

Atualmente em processo de composição de seus próximos lançamentos e tendo conquistado crescente reconhecimento por seu trabalho, a musicista vem se firmando como um nome referencial no universo musical capixaba e um dos exemplares mais admiráveis em termos de profissionalismo e interlocução com múltiplas linguagens musicais. E sua mistura de inventividade, técnica e raciocínio lateral são mais que suficientes para lhe garantirem o primeiro lugar nesta lista. Vale muito a pena conhecer e ouvir atentamente no repeat.

Instagram: @thaysa_pizzolato

Texto: Guilherme Guio | @roadtocydonia.

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