Brasil, 2001; a falta de planejamento e de investimentos em geração de energia deixou o país numa terrível crise energética. A alternativa encontrada pelo governo foi o estabelecimento de um racionamento de energia forçado que deixou os brasileiros à mercê de constantes blecautes por mais de sete meses. Foi apenas em Fevereiro de 2002 que o então Presidente da República anunciou o fim da crise do apagão e a população foi novamente iluminada. No Espírito Santo, tal iluminação teve seu ápice na cidade de Linhares, onde um certo grupo de amigos “quis dar um ‘up’ na verve musical que estava surgindo” e formou o Envolto.
Contracultura inconsciente
Naquela época, com pouco mais de 112 mil habitantes (menos de 40% da população da capital, Vitória), a única forma de entretenimento no município era “seguir os trios elétricos que vinham da Bahia,” lembra Weksley Gama, vocalista, guitarrista e fundador do grupo. Bandas de rock não eram bem-vindas. Entretanto, isso não o impediu de perseguir algo além do que lhe era imposto. Sua motivação era muito clara: “inconformismo! A vontade de não repetir aquilo que já estava sendo feito na cidade. Já tinha muita coisa que as pessoas estavam habituadas a fazer e que não correspondiam àquilo que a gente queria fazer. Então, acabou que a gente fez um movimento inconsciente de contracultura num interior dominado pelo forró e pelo axé.”
Sua primeira banda surgiu no final da década de 90. Chamava-se Pé Na Cova, um nome bem apropriado ao início de suas afrontas ao senso comum linharense. “Apropriado, porque a condição financeira era um lixo, ninguém tinha grana para nada,” recorda Gama. “Financiamos a bateria em um milhão de vezes e compramos um prato de cada vez. Daí começamos a tocar e depois desse início veio a vontade de compor músicas.”
Ir contra a maré nunca é algo fácil, ainda mais no interior. Apesar disto, este desafio sempre tem um curioso jeito de recompensar aqueles que não desistem no caminho. A recompensa, por sua vez, pode vir de inúmeras formas: a composição de belas canções, apresentações memoráveis, gravações e mais. Weksley foi um daqueles felizardos que teve um gostinho de tudo isso. Contudo, às vezes a mais valiosa das recompensas se encontra atrelada à figura de alguém — aquela pessoa que, de uma forma ou de outra, vai mudar sua vida para sempre.
Para o vocalista, tal recompensa foi o guitarrista Wagner Foli, o Japa, seu “primeiro companheiro de banda lá em Linhares, em 1996. […] Ele e o primo dele — que chegou a tocar com a gente —, eram meio que ‘mitos’, porque eles pegavam um gravador daqueles de fita e conseguiam gravar. Eles tinham uma banda chamada Obscuro. Os caras faziam uma fita e desenhavam muito bem. Aí quando chegou na minha mão, eu falei ‘porra, esses caras fazem música! Então é possível fazer música!’” recorda o cantor sem esconder um sincero sorriso de admiração ao falar do amigo. “Aí eu os procurei e pude encontrar com eles pessoalmente e […] aí começou esse papo e o Wagner veio tocar comigo logo de cara. […] E daí a gente não parou mais de querer ter esse desejo de tocar, […] mesmo com as obrigações do dia a dia, que massacram todo mundo de uma forma diferente. Ele que me salvou.”
Sucesso e hiato
Nos anos que se seguiram ao primeiro encontro, a amizade e a parceria criativa entre Weksley e Wagner cresceram de mãos dadas à evolução musical de seu grupo e o Envolto surgiu oficialmente no ano de 2002. “Eu acho que as pessoas vivem muito alienadas quanto à sua própria existência. Então elas não percebem o que está em sua volta. Então esse nome é meio que um protesto contra essa alienação — às vezes voluntária, às vezes involuntária — de você não perceber o que está à sua volta. De não perceber os sons, as sensações que a vida te proporciona e [que] você, embora elas estejam ali, não está vendo. […] Então Envolto é gritar ‘estamos envoltos a muita coisa que não é vista!’ Como diz Manoel de Barros, ‘é no ínfimo que eu vejo a exuberância,’ entendeu? É esse o chamado que tem nesse nome,” esclarece Gama.
Quanto à sua sonoridade, esta era um reflexo do cenário musical independente pós-apagão, no qual bandas como Dead Fish, Dance Of Days, Sugar Kane e Noção de Nada dominavam a cena com seus álbuns Afasia (2001), Coração de Tróia (2002), Por Nossa Paz (2001) e Trajes e Comportamentos de Acordo com os Eventos e as Ocasiões (2001), respectivamente. Assim como estas, o maior trunfo das composições do Envolto reside em suas letras: poesia urbana daquela que arrepia a alma. “Eu sempre acreditei muito no potencial das letras que o Weksley escreve,” confessa Wagner orgulhoso. “Todas as letras têm uma crítica embutida e toda crítica vem para você ter uma visão diferente daquilo que você pensava. Então eu acredito nisso: acredito em mudança de comportamento, mudança de pensamento através da música.”
Com a crescente força da cena hardcore, a banda se viu na necessidade de buscar o centro urbano mais próximo para mergulhar de vez no movimento. Na época, Weksley já planejava mudar-se para a capital para ingressar na Universidade Federal do Espírito Santo (hoje o músico inclusive é doutorando de filosofia na Federal do Rio de Janeiro) e aproveitou para levar sua banda contigo. “Eu já estava vindo para Vitória fazer faculdade, porque lá [em Linhares] não tem Federal. Aí eu vim estudar na Federal daqui e meio que trouxe o projeto comigo.”
Dali em diante, o Envolto conseguiu o que um grupo de Linhares jamais poderia imaginar: tornar-se uma banda relevante no cenário independente. Dividiu palco e fez amizade com artistas como Dead Fish, Dance of Days, Sugar Kane, Noção de Nada, Menores Atos, Ramirez e muitos outros. Seus shows se espalhavam pela região Sudeste e o interesse do público pela banda só aumentava. Tudo parecia perfeito — embora não estivesse. O peso de se ter parte da banda em Vitória e outra em Linhares aos poucos começou a se tornar insuportável.
“Rolou aqui por um tempo com os caras de [Linhares]. Depois eles saíram e eu fiz com os caras daqui,” pontua Weksley num tom de desânimo. O distanciamento dos amigos certamente não trouxe um bom reflexo ao Envolto. “Foi intermitente pra caramba. Rolou uns shows, aí parava… e então paramos [de vez].” Toda aquela empolgação e determinação de outrora acabou se perdendo e a banda se viu naquela terrível e indesejável condição de hiato indefinido — o pesadelo de todas as bandas que sabem que ainda não esgotaram todas as suas possibilidades.
De onde estou
Alguns anos se passaram e, apesar de estar distanciado da banda, alguém com uma relação tão próxima com a música nunca consegue abandoná-la. Você pode mudar de estilo, de parceiros, de instrumentos, do que for, mas a vontade de tocar nunca se vai — é um dos vícios mais poderosos que existem. “Eu estava fazendo umas músicas no violão, umas coisas mais folk. Eu estava mais em casa com a minha filha que é muito musical” confessa Weksley radiante pela sua cria. “Eu estava fazendo um som com ela. Eu compus algumas músicas com ela e para ela.”
Foi então que, no final do ano de 2015, a força de sua amizade com Wagner revelou-se novamente como uma das maiores recompensas de sua empreitada na música. Mesmo ainda morando em Linhares, Japa teve acesso a essas composições e voltou a tocar guitarra para ajudar Weksley com uns arranjos. Pouco depois, viu que era a hora de finalmente confrontá-lo: “Cara, mas aquelas músicas da época do Envolto não podem acabar. Vamos tentar fazer,” lembra Wagner. “Ele que me salvou e que me fez voltar ao Envolto,” confessa Gama. “Nessa de ‘tentar fazer’, eu resgatei uma gravação de 2012 que eu fiz com outra galera, outros amigos — mas do Envolto ainda. Compus a música, gravei, mas não lancei. Aí nessa que a gente voltou a tocar, eu falei ‘vamos lançar aquela música?’”
Trata-se de “De Onde Estou”, uma canção produzida por Felipe Gama e lançada em 22 de Maio de 2016. O single, propositalmente ou não, fornece ao ouvinte uma daquelas belas visitas ao âmago do artista, refletindo muito bem o que se passava no inconsciente de Weksley quando sua banda estava prestes a encerrar suas atividades. “Não importa o quanto eu tente, algo sempre vai faltar. Imperfeito e persistente vou continuar,” é um de seus versos mais reveladores e um indicativo de que o Envolto ainda tinha assuntos inacabados. “O que escolher com tanto a desejar?” questiona o vocalista ao final da canção.
Reagrupamento e gravação
Com tanto a desejar, o Envolto viu que não tinha mais tempo a desperdiçar. A única forma de se manter relevante, tanto ao cenário quanto a si mesmo, era focar na evolução daquilo que sempre lhe trouxe a maior estima: suas composições. “Por culpa dele [Wagner], eu voltei a escrever músicas mais agitadas, menos folk, sabe? Eu voltei a essa coisa de hardcore. […] Aí voltamos a compor nessa linha, mas com um pé em outras misturas — uma coisa meio indie. Acabou rolando isso por causa da idade, também né? Gente velha não quer só porrada no ouvido. Quer porrada, mas quer carinho também,” brinca Weksley.
Diante deste novo leque de composições, a banda decidiu que faria um registro de seis músicas sob a forma de um EP. O intuito era representar o presente de uma forma que não comprometesse o seu passado. “Vamos pegar umas antigas e remodelar, para caber no novo. E vamos fazer o novo ficar um pouco mais pesado, para parecer com essas antigas,” explica cuidadosamente o vocalista.
Com as vagas de baterista e segundo guitarrista ainda em aberto, a próxima etapa era se reagrupar. “Eu achei que a gente não fosse conseguir muita coisa, porque, como eu falei, a gente estava em outra. Eu estava em outra,” confessa Weksley que, embora ainda estivesse incerto sobre o significado de sua nova investida, mostrou-se incrivelmente resiliente. Recorreu à sua extensa lista de amigos e lhes enviou o seguinte convite “me ajuda a fazer o meu disco?”
“O baterista que entrou, o Renan Graciano, é muito hardcore. […] Vive ainda esse mundo que eu amo, mas estava muito afastado por não ter tempo,” lembra Gama. Já o baixo ficou a cargo de Wagner Fogos, o Black, professor de química e amigo de trabalho do vocalista. “Eu falei ‘cara, está rolando a banda, o baixista de antes é um ótimo músico, mas precisou sair, então preciso de [sua] ajuda para fazer o disco.’”
Alojados no Estúdio LEVEL e sob a direção do produtor musical Léo Molini (que recentemente trabalhou com as bandas Merda e Impatients), o Envolto finalmente começou as gravações de seu tão esperado EP. O processo em si foi tão positivo que se tornou uma das “melhores experiências de estúdio das nossas vidas. Produzir começou a ficar bom. Gostoso!”
Como se não bastassem boas notícias, seu diretor de arte — o artista plástico Felipe Gasnier — resolveu aproveitar toda a leveza das gravações para instigar a banda a dar um passo além. “Ele começou a motivar a gente, falar ‘cara, isso aqui está muito bom, isso podia ter um formato mais completo e tal’. E, nessa onda, chegou um momento em que a gente mandou para ele as últimas prés e ele falou ‘cara, olha só, essa parada está muito boa! Se vocês fizerem um disco agora… eu acho que vocês estão maduros para isso. Por que vocês não fazem logo um disco?’,” revela Weksley num tom de espanto e alegria. Foi como se ele estivesse revivendo aquele momento e me indicando o quanto precisava daquele incentivo. Se até então ele estava “em outra”, agora o jogo havia virado.
Entornos
Considerando os nomes que constam na distinta lista de amigos que Weksley convidou para lhe ajudar neste processo, seria muito inusitado imaginar que as gravações não contassem com algumas ilustres participações.
“Um dia eu fui lá na casa de Alyand [baixista, Dead Fish]. […] ‘Cara, você vai gravar uma música hoje!’ e ele ‘sério?’ Entrou no meu carro, peguei o violão, toquei e falei ‘a música é isso… se vira!’ Aí ele ficou meio puto. ‘Cara, por que você não me avisou isso antes?’, ‘Se vira, eu quero saber da espontaneidade.’ Meu irmão… saiu… e ficou brutal,” orgulha-se o músico. “Eu tive que mudar [o] andamento da música, […] porque ele puxou para uma coisa mais densa, mais pesada, e que ele não consegue explorar no Dead Fish. Chama-se “Ruas”. Ela é cadenciada e no Dead Fish [as músicas] costumam ser mais rápidas. No final, o cara estava com um sorriso do canto da boca. A mulher dele [estava] puta, porque ele vem pouco pra cá e eu raptei ele pelo dia inteiro. Levei ele e a mulher [de volta para casa]. Ela puta e ele ‘caralho, foi demais! Vamos fazer isso de novo!’”
Outro convidado de peso foi Rodrigo Lima, vocalista do Dead Fish. “Eu escrevi essa letra, de “Velho Jogo” — que é o single que a gente vai lançar — pensando muito nele. […] A gente conversa muito sobre como a sociedade repete certas fórmulas falidas e as pessoas continuam tentando fazer com que essas fórmulas sejam vistas como verdadeiras por todo mundo. Quando eu [a] escrevi, lembrei dele na hora. Mandei pra ele e falei ‘cara, olha essa música que eu fiz.’ Ai ele falou ‘cara, que música!’ ‘Sério? Você achou boa? Quer cantar comigo?’ e ele ‘claro!’ Super espontâneo,” o entusiasmo é tanto que novamente me sinto como se estivesse assistindo à conversa.
A gravação deveria ter acontecido em São Paulo, mas o processo acabou sofrendo alguns atrasos. “O Japa teve que se afastar da banda por um tempo, porque ele não estava conseguindo vir gravar, porque ele mora em Linhares ainda. […] Nisso, o estúdio também teve uns atrasos […] e tal. Com essa mudança, deu tempo dele [Rodrigo] vir. Coincidiu que ele estava por aqui resolvendo umas questões familiares. Estava um dia chuvoso e eu falei ‘cara, vamos lá cantar a música?’ Ai a gente foi. Passamos uma tarde maravilhosa trocando ideia, ouvindo história e ele cantou. Cantou o que quis, […] as partes que ele quis e que ele achou que deveria.”
O último músico a contribuir com o disco do Envolto foi Luiz Felipe Fabris, atual Benin e ex-Menores Atos. Amigos de longa data, o convite veio, pois “ele estava parado, sem banda, e eu falei ‘cara, você não pode parar! Você tem muito talento. Você vai cantar nesse disco!’ Aí as vezes que eu fui ao Rio, acabou que a gente tomou cerveja e não foi gravar. Tipo, desmarcamos uma duas vezes. Ia pro Rio, tipo, ‘vamos gravar hoje? Não, vamos beber!’ E aí ele acabou gravando de lá e me mandou,” lembra Weksley em meio a risos. “Na hora da edição houve uma incompatibilidade de estúdios, então a participação dele está muito velada, é quase que a cereja do bolo na música “Contas e Escolhas”. Eu faço questão de deixar, porque a letra fala de não se permitir limitar pelo que as pessoas tentam te obrigar a fazer, e ele estava se sentindo meio oprimido por várias questões da vida dele, a questão da saída dele do Menores, e eu falei ‘cara, eu quero que você cante essa parte até como uma forma de libertação de você mesmo,’ e ele adorou! Me mandou a música super feliz falando que tinha tudo a ver com ele.”
Distante
Com um lançamento digital previsto para Março de 2018, o álbum contará com onze faixas e será intitulado Distante, como a canção que leva não só o mesmo nome, mas reúne tudo o que o disco simboliza, tanto musicalmente quanto liricamente. “Para mim, [lançar o álbum significa] aceitar uma dose grande de sofrimento e esforço. Aceitar isso, porque é isso que é. Mas, ao mesmo tempo, [é] recuperar um aspecto da minha vida que estava silenciado e me deixava um pouco, digamos assim, com menos brilho nos olhos de existir. Então, recuperar isso é muito especial. Conseguir tirar as músicas que estão na cabeça e que eu faço no meu escritório […] e conseguir dividir com as pessoas, dividir com você, com quem está no show… é esse sentimento dúbio, de saber que tem um percurso muito grande para ser percorrido, mas que ao mesmo tempo vai trazer uma satisfação que eu não teria em outro lugar,” assume Weksley em tom de dever cumprido sobre finalmente poder lançar um registro de sua banda. Um trabalho tão conciso e verdadeiro, que, “bom ou ruim, é a nossa cara”.
“É uma realização pessoal,” emociona-se Japa. “Eu sempre quis ter um material de qualidade […] tanto na parte estética e na parte sonora quanto na parte de composição. […] Estou felizaço. […] A banda tem tudo para poder continuar no cenário e ajudar o cenário a crescer, porque [ele] precisa se fortalecer, entendeu? Trazer de volta aquilo que está adormecido no nosso estado. É fazer com que esse cenário venha ocupar o espaço que ele sempre teve,” clama o guitarrista com a intensidade de quem não está disposto a ficar parado.
Numa época em que tudo é extremamente descartável e instantaneamente substituível, será uma tarefa árdua mostrar que o álbum tem o seu valor e que a banda não ficará mais distante. O Envolto, afinal, não é composto por um grupo de garotos. Estamos falando de adultos, trabalhadores, doutorandos e pais de família. Felizmente, o quarteto está trilhando o caminho certo e não está exibindo nenhum sinal de acomodação. Só nos últimos meses, já fez shows com Dead Fish, Sugar Kane, Blackslug e outros. “A gente quer muito espalhar [nossas músicas] de todas as formas e tocar o máximo possível. […] A gente deve produzir o material de vídeo e [lança-lo] no ano que vem,” promete Weksley. “[Também temos] uma parceria com o pessoal do Dance Of Days. Vai sair a música “De Onde Estou” em disco junto com o single deles em janeiro.” Seus planos são tão concretos quanto o entusiasmo de estar de volta.
Futuro
Quando o álbum já estiver disponível para todos no ano que vem, a ideia do grupo é “fazer merchandising, produzir uma estrutura legal, fazer mais um vídeo e […] cair na estrada,” afirma o vocalista disciplinadamente decidido. “A gente vai sempre estar tentando lançar o máximo de material para galera, para podermos dividir e trocar ideia. Fazer show é isso também, né? Conhecer gente, conhecer mais bandas. Conhecer mais gente e dividir. Música é para dividir.”
Exatamente, a música foi feita para todos. Não há mais espaço para racionamentos forçados. Se apagar não é mais uma opção ao Envolto. A banda já não precisa aceitar imperfeições para caminhar e agora tem em suas mãos o que precisa para encarar os novos desafios e continuar. Mas e o que escolher com tanto a desejar? A exuberância.
Texto: João Depoli.