Março foi um mês repleto de novidades para quem está acompanhando a trajetória dos cachoeirenses João Freitas (voz e violão), Maju Canzian (voz e baixo), Cassiano Cândido (guitarra) e Mateus Monção (bateria), da banda Hiância.
Na última sexta-feira (09), o quarteto esteve na Serra, onde tocou ao lado de Blackslug, Santo Cais e Cainã e a Vizinhança do Espelho na segunda seletiva do Festival de Bandas do Garage Pub. Já no domingo (11), o grupo partiu para Minas Gerais como o único representante do Espírito Santo no Garagem Festival 2018 — evento voltado à promoção da música underground autoral. Como se não bastasse, a banda aproveitou a ocasião para fazer o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio.
Intitulado Terra do Nunca, o disco saiu exatos dois dias depois do aniversário de apenas um ano da banda. Sua arte ficou sob a responsabilidade da também música Alice Pedrosa e sua produção foi assinada por Cassiano, o próprio guitarrista do grupo. Em termos musicais, com dez canções inéditas, o registro apresenta uma sonoridade que transita pelo universo do indie rock, com ênfase à bela justaposição de vozes feita por João e Maju. Vale a pena escutá-lo.
Entrevista
Em meio a essa agenda atribulada de shows e viagens, nós conseguimos alguns minutos da banda via e-mail para uma rápida conversa sobre o novo álbum. Confira!
João Depoli: Escolher a data de lançamento com um show não só fora de sua cidade natal, mas fora do Espírito Santo foi algo premeditado ou pura coincidência? Como foi a resposta do público mineiro às canções?
Hiância: Foi uma escolha estratégica. Na verdade não tínhamos data certa para o lançamento do álbum, porém quando recebemos a notícia que estaríamos nesse festival, achamos interessante usar a data em nosso favor. Tivemos uma boa recepção. Assim como a galera do Espírito Santo, em Minas a galera curte um som mais underground.
O registro foi produzido pela própria banda, na figura do guitarrista Cassiano Cândido. Como foi fazer essa separação mental entre integrante da banda e produtor?
Foi “tranquilo” conciliar banda/produção. Todos aderiram às ideias de Cassiano ser o produtor e se deram bem com suas tomadas de decisões com as gravações.
Como fluiu o processo de gravação?
Bastante demorado. Tivemos que aprender todo processo de gravação antes de colocar a mão na massa, além de só termos fins de semana pra gravar por conta das atividades de cada integrante (trabalho e estudo).
Depois de tanto trabalho duro, qual é a sensação de finalmente lançar o álbum de estreia da banda?
É muito gratificante. Estamos felizes por estar finalmente completo, afinal, foi um trabalho totalmente independente (gravação, registro fonográfico e divulgação).
Com um disco lançado e passagens por festivais em diferentes estados, qual a perspectiva da banda para 2018?
Focar na divulgação do álbum com shows pelo estado e com foco em festivais, como por exemplo, o Festival Prato da Casa.
Texto: João Depoli.