Metal das antigas em tempos modernos com ‘Hate Inside’, o novo EP do Mystery

Em tempos carnavalescos, nada melhor do que um bom death metal
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Fabio Mauro (esq.), Tante Mathielo, Danúbio Amorim e Claudio Neto (Crédito: Divulgação/Facebook).
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E a espera acabou. Pouco mais de três anos após soltar seu primeiro álbum de estúdio, o sanguinário Creation Corrupted(2017), a banda de death metal Mystery está de volta com um novo EP. Intitulado Hate Inside, o disco foi disponibilizado no último dia de janeiro e marca o segundo lançamento oficial de um grupo que segue na ativa desde a década de 90, sendo hoje composto por Claudio Neto (voz e baixo), Tante Mathielo (guitarra), Fabio Mauro (guitarra) e Danúbio Amorim (bateria).

Neste trabalho, o que deveria ter acontecido numa rápida incursão acabou levando mais tempo do que o planejado — mas tudo bem, afinal, é isso que acontece quando se vive numa maldita pandemia global. “Cancelamos tudo: inicialmente os shows e depois ensaios e gravações. Mas esperamos que esse momento passe para retomarmos com toda força”, me disse Neto quando conversamos ainda em julho do ano passado. Fiel à sua palavra, a banda voltou com tudo e já colocou na praça o resultado de sua passagem pelo estúdio de seu próprio baterista durante os meses de janeiro e outubro de 2020 — até um minidocumentário do processo rolou.

Dirigido por Alex Chatão, da Salvação da Lavoura Produções, o trabalho conta com quatro músicas que por pouco chegam à marca de 15 minutos. Muito rápido, porém brutal.

Tudo começa com a faixa “Evil Inside”, uma pedrada absoluta desde o seu primeiro segundo. Quando você acha que ela deu uma desacelerada numa espécie de interlúdio, a porrada volta a comer no minuto final. Depois vem “Hate and Intolerance”, a mais longa e mais legal do EP. Para encerrá-lo, entram as chamadas faixas bônus, “Serial Killer” e “Hypnotic”, que são versões resgatadas da pré-produção de músicas que estão no primeiro álbum dos caras.

‘Hate Inside’ chega meio que às vésperas de um pseudo-carnaval pandêmico, como se fosse um alento à legião de headbangers que não suportam os blocos e marchas que logo dominarão o país. Se este é o seu caso, pode dar o play aí sem medo e segura essa porrada.


Texto: João Depoli | @joaodepoli.

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