Depois de abrir o ano com um single que carrega o próprio nome da banda, a Maré Tardia está de volta com “Árvores Azuis”. Lançada oficialmente na Rádio Universitária (104,7 FM) na sexta-feira passada (12), a faixa foge um pouco da sonoridade surf lo-fi do grupo e apoia-se numa vibe mais psicodélica com autodeclaradas influências de George Harrison e Jimi Hendrix. São mais de 5 minutos de psicodelia, melodias etéreas, solos de guitarra e “espécies raras de formigas”, além da participação da cantora Claudia Zanetti, que contribui com backing vocals no refrão — deixando-o ainda mais alucinógeno.
E parece que toda essa imersão vintage deu bastante certo pros caras, afinal, até o Boogarins, um dos grandes nomes da psicodelia nacional, os elogiou.
“Escrevi [a música] em 2018, quando estava perdido [e] passando por uma fase onde não conseguia me encaixar”, conta o vocalista e guitarrista solo Gustavo Lacerda, que também foi responsável pelos baixos, mixagem e masterização da faixa. “A letra é bem pessoal e fala sobre universos mentais e escape da realidade. A menina representa alguém que não quer partir do seu próprio mundo e encarar a realidade e seus problemas”, explica.
Assim como o single de estreia, “Maré Tardia”, a faixa da vez também estará no primeiro álbum de Lacerda, Bruno Lozório (voz e guitarra) e Bruno Fischer (bateria), cujo lançamento será anunciado em breve. Enquanto isso não acontece, não deixe de escutar “Árvores Azuis”:
Live Session
Mesmo ocupada com a preparação de seu disco de estreia, a Maré Tardia também acaba de publicar seu primeiro registro ao vivo. Com captação por Carlos “Cinéfilo” Carvalho, o material foi disponibilizado no início de março e mostra a performance da banda no Estúdio A2, em Vila Velha.
Com a participação do baixista Aulus Leonardelli, os vídeos apresentam as inéditas “Sábado”, “Prefiro Vila Velha” e “Nunca Mais”, que foram disponibilizadas tanto individualmente quanto numa versão em conjunto.
Se liga aí no registro na íntegra:
Texto: João Depoli | @joaodepoli.