Sol Na Cabeça, “Deus Me Livre de Ser Normal”
Direto de Colatina, o Sol Na Cabeça é uma banda que surgiu no ano passado com o lançamento do álbum Beira Rio, Beira Mundo, Beira Mar. A canção escolhida é a quinta do disco e seu nome já diz tudo: uma satírica suplica para não ser apenas mais um.
Izar, “Vivo”
Com poderosos riffs de guitarra e vários questionamentos sobre ideologias, hipocrisias, egos e verdades, “Vivo” é a canção que encerra O Amor, A Escuridão E A Esperança, trabalho de estreia do cantor e compositor Izar.
Cainã e a Vizinhança do Espelho, “Mirante”
Presente no belo O Último Disco do Ano, “Mirante” foi a primeira composição em conjunto do grupo Cainã e a Vizinhança do Espelho. “Acho que é uma música que mora no meu coração. A sonoridade dela me agrada muito. É difícil você às vezes pensar numa coisa e conseguir gravar, […] mas essa pra mim está 101% como estava na minha cabeça,” garantiu Cainã Morellato (voz e guitarra).
The Devils, “The Blondie Hangover & The Cockroach”
Talvez nem tão psicodélica assim, mas “The Blondie Hangover & The Cockroach” merece crédito por não ser o tipo de música que você espera ouvir num disco de metal — sobretudo em sua estreia. Nela, o grupo The Devils vai na contramão de si mesmo com um interessante e rápido instrumental acústico e medieval, que serve como uma espécie de interlúdio para nossa próxima escolha.
My Magical Glowing Lens, “Sideral”
“Sideral” deve ser uma das melhores canções já feitas por Gabriela Deptulski. É a primeira faixa do disco Cosmos (2017) e, em seus quatro minutos e meio, transporta o ouvinte a uma viagem espacial repleta de flanger, fuzz, ambientação e ritmo — o melhor tipo convite ao trabalho da banda My Magical Glowing Lens.
Juliano Gauche, “O Clarão”
Presente no segundo disco solo de Juliano Gauche (cabe lembrar que o cantor e compositor acabou de lançar seu terceiro trabalho, Afastamento), “O Clarão” é uma das canções mais fantasmagóricas e angustiantes que ele já compôs. Simplesmente fenomenal.
Fepaschoal, “Contém Glúten”
Batidas dançantes e muito fuzz embalam a divertida e funkeada “Contém Glúten”, canção de abertura do disco O Canto do Urbanóide Parte I (2016), do músico Fepaschoal. “A letra surgiu a partir de um haikai que escrevi, inspirado no meme ‘Mamãe, no céu tem pão?’ e no grande ponto de interrogação acerca dos alimentos industrializados,” disse o cantor e compositor na época do lançamento do single, que em breve também se tornará um videoclipe.
The Muddy Brothers, “Facing The Sky (Backwards)”
Responsável por dar nome ao último lançamento da banda The Muddy Brothers, “Facing The Sky (Backwards)” é uma das músicas mais instigantes que o trio já produziu. Com quase seis minutos de duração, ela passeia por extremos, com alguns delicados trechos guiados pela quase sussurrada voz de João Lucas e outros repletos de camadas de riffs distorcidos e teclados floydianos.
André Prando, “Vestido Cor Maça”
Batida leve, riffs com delay reverso e uma melodia incrível, essa é “Vestido Cor Maça”, penúltima música de Estranho Sutil (2015), o disco de estreia de André Prando. Composta por Augusto Debbané, ela é aquele tipo de canção que te alegra, te entristece e que você canta até expulsar todo o oxigênio guardado em seus pulmões. Uma daquelas músicas que te fazem sentir vivo, um clássico instantâneo.
Texto: João Depoli.