“Escute esse disco”, por Leonardo Machado (Blackslug)

Venha descobrir qual é o álbum que o Leonardo Machado tem a nos recomendar para ouvirmos durante essa quarentena
leonardo-machado-joao-depoli
Leonardo Machado no Festival Rock a Rock (Crédito: João Depoli).
PUBLICIDADE

“A razão da minha recomendação não é uma razão que vai remeter ao artista necessariamente, mas que vai remeter a mim, sabe? Eu acho que é importante nesse momento você se conectar com aquelas coisas que você realmente gosta, que realmente ama e que te lembram por que você faz o que faz”, explica nosso primeiro convidado da semana. “No meu caso, isso é voltar sempre pro finalzinho da minha infância, começo da minha adolescência, quando eu fiquei completamente apaixonado por música”.

Trata-se de Leonardo Machado, um dos mais talentosos guitarristas do estado. Dentre seus mais recentes projetos autorais, destacam-se sua posição de vocalista e guitarrista solo na Blackslug, cujo último lançamento foi o EP Old Habits Die Hard (2018), e uma breve passagem como baixista da Not So Bad, que fez sua estreia ainda em março com o EP Out of the Bedroom.

Sua recomendação foi Rocket to Russia, o terceiro e um dos mais reverenciados álbuns da banda americana Ramones.

ramones-leonardo-machado
‘Rocket to Russia’, dos Ramones (Crédito: Divulgação).

Lançado em novembro de 1977, época considerada o auge do punk rock, o disco conta com diversas das mais memoráveis canções da banda, como “Sheena is a Punk Rocker”, “Rockaway Beach” e “Teenage Lobotomy”. Além de aproveitar para fazer uma sátira ao período de Guerra Fria, foi o último disco gravado pela formação original do grupo — o baterista Tommy Ramone resolveu trabalhar apenas como produtor no ano seguinte.

+ Leia a participação de Leonardo no quarto episódio da série Quarentalks ao lado de Gabriela Terra (My Magical Glowing Lens), Sandro Juliati (Volapuque, Mukeka di Rato), Gimu, Axânt e Everton Radaell (Auri).

“Aquilo ali pra mim é felicidade em forma de música”, alegra-se Machado. “Eu dou play nesse tipo de coisa e, mermão, eu danço pela casa, grito, canto alto pra cacete, danço sozinho, rolo no chão, dou risada e lembro como isso era bom. Só pra daqui a pouco voltar pra essa dimensão aqui, rotineira e cheia de problemas para lidar”, reflete. “Seja qual for o artista, eu acho que não é o conteúdo da obra que vai ser determinante, mas é o tanto que você puder se conectar com ela nesse momento”.

Muito bem. Conecte-se você também com um pouquinho do Léo e dos Ramones.

Clique aqui e confira as recomendações musicais feitas pelos demais artistas que participaram da série Quarentalks.

Texto: João Depoli | @joaodepoli.

Mais do Inferno Santo