E a semana tem passado depressa. Ontem tivemos uma recomendação feita por Fabio Mozine, as entrevistas na íntegra com Dan Abranches, Rafael Braz e Hugo Ali e amanhã já vem o segundo episódio da nossa nova série, Quarentalks. Mas antes disso ainda temos mais algumas dicas e hoje falo com Fepaschoal, cantor e compositor paulista radicado no Espírito Santo quando ainda era adolescente.
Da cena underground de Guarapari para os corredores da UFES e para as casas do país, ele é o responsável por dois álbuns de respeito: CMDO Guatemala (2011) e Canto do Urbanóide Parte I (2016). Sua recomendação é Clandestino, disco que marcou a estreia da carreira solo do francês Manu Chao.
“Eu já ouvia muito antigamente e agora, nessa quarentena, eu voltei a escutar muito de novo”, diz Fepas. “Acho que é um som que me contempla muito, tanto em sonoridade quanto em poética”.
Lançado em 1998, após sua passagem pelo grupo Mano Negra, Clandestino foi o resultado de um período de anos em que Chao viajou pela América do Sul na companhia apenas de seu violão. Com músicas em espanhol, inglês, francês e português, o álbum foi gravado de forma itinerante, sem compromisso, muito como o próprio Manu.
Apesar de um início relativamente tímido, o álbum acabou tendo grande repercussão tanto na França quanto no Brasil. Relançado no ano passado, o disco agora conta com três novas faixas, sendo uma delas uma versão da música título com a cantora Calypso Rose, de Trinidad e Tobago.
“Ele me ensina que não precisa de muita pirotecnia pra produzir um álbum foda e que a mensagem importa muito. Além de ser um som muito gostoso pra ouvir em casa tranquilão”, recomenda Fepaschoal.
Todo mundo tranquilão?
Clique aqui e confira as recomendações musicais feitas pelos demais artistas que participaram da série Quarentalks.
Texto: João Depoli | @joaodepoli.