“Escute esse disco”, por Gimu

Venha descobrir qual é o álbum que o Gimu tem a nos recomendar para ouvirmos durante essa quarentena
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Gimu (Crédito: Divulgação).
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Do punk rock de Léo Machado ao rap de Axânt e Gabriela Terra (My Magical Glowing Lens) para então aterrissarmos no post-hardcore de Everton Radaell (Auri): esse foi o caminho que as recomendações de disco desta semana seguiram até essa quinta-feira (09). Nada mais justo do que continuarmos girando essa roda e chegarmos num outro estilo musical. Para isso, conto com Gimu, músico detentor de uma das mais belas e vastas discografias sensoriais e atmosféricas que já vi — um verdadeiro maestro da sensibilidades da música drone e dark ambient.

“Nessa quarentena me apaixonei pela Viv Albertine, que era a guitarrista das Slits. Li o livro dela, chamado Clothes, Clothes, Clothes. Music, Music, Music. Boys, Boys, Boys’, e aí finalmente parei para ouvir o primeiro e clássico disco das Slits, chamado ‘Cut’, e finalmente o entendi”, explica Gimu. “Acho que não poderia, nesse momento, ser outro”.

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‘Cut’, de The Slits (Crédito: Divulgação).

Fundada em Londres no ano de 1976, The Slits foi uma banda composta por antigas integrantes dos grupos The Flowers of Romance e The Castrators. Com uma formação oficial exclusivamente feminina, a banda surgiu na contramão de todos os paradigmas do mundo predominantemente masculino do punk da década de 70.

Embora ela tenha vivido somente até 1982 (com uma breve reencarnação entre 2005 e 2010), seu álbum de estreia, Cut (1979), hoje é considerado um dos marcos definitivos do movimento pós-punk. Suas 10 canções e 2 faixas bônus (que inclusive mesclam o gênero a elementos do reggae, dub e world music) desde então não deixaram de figurar as mais diversas listas musicais feitas ao redor do mundo. Até o Kurt Cobain (Nirvana) parou pra eleger a faixa “Typical Girls” como uma das suas 50 gravações favoritas.

+ Leia a participação de Gimu no quarto episódio da série Quarentalks ao lado de Gabriela Terra (My Magical Glowing Lens), Sandro Juliati (Volapuque, Mukeka di Rato), Everon Radaell (Auri), Axânt e Leonardo Machado (Blackslug).

“Por tudo que ele representa para mim nesse momento, por causa da Viv Albertine e do livro dela”, encerra o músico sobre sua escolha.

Vamos lá.

Clique aqui e confira as recomendações musicais feitas pelos demais artistas que participaram da série Quarentalks.

Texto: João Depoli | @joaodepoli.

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