25 lançamentos que embalaram o lockdown capixaba em Março

Produções internacionais, psicodelia, parcerias, rap e mais: veja alguns dos lançamentos mais legais de artistas do Espírito Santo nesse terceiro mês de 2021
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Maré Tardia (esq.), Mary Jane e Oswaldo Nogueira são alguns dos nomes que lançaram trabalhos em março (Crédito: Divulgação e Aron Ribas).
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Março definitivamente foi um mês terrível. Nele vimos novas variantes do Coronavírus ganharem força, leitos se esgotando, novos recordes diários de morte, o mapa de risco estadual quase todo vermelho e mais um lockdown. No entanto, ele também foi o período com o maior número de lançamentos musicais por artistas capixabas no ano. Abrangendo os mais variados gêneros, tivemos diversas estreias, o retorno de alguns veteranos, produções internacionais, parcerias, protestos e mais. Nessa onda, aqui você encontra algumas das músicas mais legais que saíram nesse mês e os nossos breves comentários sobre a produção capixaba do momento.

Maré Tardia, “Árvores Azuis”

Fugindo da sonoridade surf lo-fi introduzida em seu single de estreia, o grupo Maré Tardia trouxe elementos mais psicodélicos com influências de Jimi Hendrix e George Harrisona na faixa “Árvores Azuis”, lançada no dia 12. “A letra é bem pessoal e fala sobre universos mentais e escape da realidade”, explica o vocalista e guitarrista Gustavo Lacerda, que também conta ter escrito a canção ainda em 2018 quando passava por uma fase em que não conseguia se encaixar. O resultado desse trabalho rendeu diversos elogios, desde Boogarins (“massa demais, rapa. Canção bacana e a sonoridade está bem gostosa”), a Fabio Mozine (“olha essa banda de Vila Velha, parece que os meninos beberam água do valão com magonha. Eu gostei”).

Ana Muller, “Carta Que Não diz”

Buscando reunir diferentes vozes da Nova MPB, o selo Taquetá planejou um EP com cinco faixas que fazem referências à MPB feita entre os anos 50 e 60. Em seu primeiro single, “Carta Que Não Diz”, lançado no dia 26, ele trouxe uma composição da capixaba Ana Muller e do paulista Rodrigo Alarcon com participação da goiana Mariana Froes. “Eu cheguei com a primeira parte pronta, duvidando um pouco de que poderíamos juntos levar ela pra algum lugar”, explica Ana. “Foi a primeira vez que eu me permiti esse processo de abrir uma ideia, de direcionar uma criação junto com alguém, de dividir mesmo. Foi bonito terminar ela junto com o Rodrigo”, afirma. Para ela, a canção representou uma celebração de suas “primeiras descobertas e também [da] nossa amizade”.

Pedro Perez, “Sugada”

Quem também tirou o mês de março para iniciar os trabalhos do ano foi o cantor e compositor capixaba Pedro Perez, que no último dia 27 soltou o single “Sugada”, seu novo trabalho pelo selo paulista Valetes Records. “É como dizer que o relacionamento não deu certo, porque estou sugado. Algo me incomoda”, disse o artista à Tribuna sobre o título da canção. “Nos arriscamos em uma proposta de pop-MPB mais moderno com essa variação no instrumental e essa letra mais descontraída pra trazer esse resultado”, comentou.

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Joaoeascoisasnaoessenciais, “(Fo-da-se) Já Não Sou Mais o Mesmo de Ontem”

Depois de um tempo à frente da banda Hiância, com a qual chegou a lançar o disco ‘Terra do Nunca’ (2018), o cantor e compositor João Freitas se lançou numa carreira solo sob o nome de Joaoeascoisasnaoessenciais. Com produção musical do guitarrista Aroldo Sampaio, o material solo de João logo despertou o interesse do selo Caravela Records, com o qual ele acabou assinando um contrato. O fruto dessa investida se materializou na canção “(Fo-da-se) Já Não Sou Mais o Mesmo de Ontem”, que saiu no dia 12 de março. Ela, por sua vez, fala sobre mudanças e redescobertas embaladas numa sonoridade meio soturna e com direito a um solo de saxofone executado por Lemuel Silva. Além disso, a faixa chegou ao lado de um clipe disponibilizado no canal da Warner Music Brasil. “A mudança é constante e essa é a ideia”, explica a diretora e roteirista Carol Gasoni. “Esse clipe fala sobre um momento de substituição de um João por um outro João”.

Mary Jane, “Atemporal”

Disponibilizada especialmente no Dia Internacional da Mulher (8), “Atemporal” é o primeiro single e também a faixa que encerra ‘Lusco Fusco’ (2021), o tão aguardado EP de estreia da rapper Mary Jane (Melanina MCs). “Foi um trabalho desenvolvido com muito sentimento. Sentimento de ser mulher, forte, dona do seu corpo, dona sua vida e das suas regras. Aquele tipo de mulher mesmo que nós somos… foda”, comentou a cantora. “Nós mulheres somos foda. Eu faço música pensando em nós, pensando em protestar coisas absurdas que acontecem no nosso dia a dia e ninguém dá atenção”. A faixa “Atemporal” também veio acompanhada de um videoclipe dirigido por Diego Capeletti que foca em Mary Jane, amigos e família num dia de folga numa casa de praia.

Dudu e Froid, “Mesmo Que Não Queira Me Ouvir”

Além de ser o seu trabalho mais recente, o single “Mesmo Que Não Queira Me Ouvir” é o primeiro lançamento do ano do rapper capixaba Dudu. Disponibilizada no dia 5 de março, a música tem um tom bastante introspectivo e reflexivo, embora tenha sido composta e produzida num clima de total descontração junto do rapper brasiliense Froid ainda no ano passado. “Eu estava no estúdio com [ele], a gente tava trocando um som juntos, ele tinha acabado de fazer a primeira versão do beat e a gente ficou brisando esse refrão”, disse Dudu em entrevista ao G1.

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The Solitaryman Monoband, “Eu que sou má companhia?”

Em sua missão de escancarar toda a hipocrisia e bizarrices do dito cidadão de bem, o músico e produtor guaçuiense Cacá Côgo fez no dia 7 de março o primeiro lançamento do ano de seu projeto solo The Solitaryman Monoband. Chamado “Eu que sou má companhia?”, o single chega mergulhado em críticas, sujeira e muito punk rock em seus 2 minutos e meio de duração. Pedrada!

Severino, “Trejeitos e Defeitos”

Antecedendo o lançamento do EP ‘Ainda é Carnaval’, o duo Severino disponibilizou no dia 5 de março a faixa “Trejeitos e Defeitos”, seu segundo single do ano. Apoiado numa roupagem pop e envolto por melodias serenas, o trabalho fala sobre “um jeito estabanado de ter ciúmes” e se utiliza de momentos românticos e atrapalhados para descrever tal condição. “Vê se perdoa meus trejeitos e defeitos, que eu rasgo a seco a lâmina empunhada em meu peito e lhe entrego o meu coração, pois o resto de mim, como tu vê, já não tem mais jeito”, cantam Edson Freitas (voz e guitarra) e Humberto Campos (baixo e trilhas) no refrão.

RealVettorazzi, “Respect”

Seguindo a onda do seu EP de estreia, La Plata (2020), a trapper RealVettorazzi fez seu primeiro lançamento do ano no dia 4 de março com a música “Respect”. Com produção do DJ Faith, a faixa saiu pelo selo Caixa 2 e antecede os lançamentos paulistas que a artista tem preparado ao longo de suas constantes idas a São Paulo. “Eu vou lançar um álbum esse ano, tá ligado? Mas eu tenho que trampar muito nele ainda”, disse Vettorazzi ao site HypES sobre seus planos.

JCdaPDC, “Sobra Amor”

“Sobra Amor” é o single de estreia do cantor e compositor Jonathan Caputo sob seu projeto solo JCdaPDC. “Pra lançar meu projeto solo com o pé direito, eu não poderia escolher outra música a não ser ela”, comentou o artista sobre a escolha da faixa. “Foram anos ouvindo inúmeros de vocês pedindo pra que eu a gravasse, e demorou, mas veio da melhor forma possível”. Lançada no dia 9 de março, a canção tem uma levada pop e alegre e pauta-se numa temática de flerte e romance. Além do áudio, ela saiu junto de um videoclipe dirigido por Rafael Nick que mostra o artista em meio a belas cenas do visual praiano da divisa entre Vila Velha e Vitória.

Xavi, “Homem Triste”

“É um desabafo de um homem resignado e desesperançoso, mas que não desiste da vida e segue em frente, apesar de todos os reveses que o mundo proporciona”, explica Xavi sobre o single “Homem Triste”. Disponibilizado no dia 3 de março, o trabalho dá continuidade à aura mais rock de seu lançamento anterior, “Quimera”, e foi totalmente trabalhado em meio a questionamentos sobre o estado atual do rock brasileiro. “Eu, particularmente, sinto falta do rock sem frescura, com letras diretas e sem voltas. Eu não tenho visto tanto isso, atualmente”, disse o artista em suas redes.

Afari, “Arruaça”

Março foi um ótimo mês pra quem estava com saudade do som feito pelas artistas por trás do grupo Melanina MCs. Além do lançamento do primeiro EP solo da Mary Jane, quem também deu as caras foi a Afari, que abriu o ano com a ótima “Arruaça”. Lançada no dia 27, a faixa conta com instrumental de Kabeh, produção por Axant (Setor Proibido) e discorre sobre liberdade e resistência em meio a rimas repletas de atitude. “Sem tempo pra bad trip. Tranquila na vida mantendo meu drip/Correr contra o tempo, superar limites. Só quero o que é meu sem entrar pro seu time/A liberdade que habita em mim desconhece a ordem que vem daí/Sei que ele é falho em assumir. Mais de 80 tiros pra oprimir/Meu povo sempre a resistir. Quem se enxerga livre vai insistir/Alcançar o espaço que existir. Mostrar a potência em se reunir”, canta a artista. Neste mesmo dia também saiu um clipe com direção de Diego Capeletti que exibe cenas de Afari, Axant, Burucutu Cria, Mali Alves, Rare Black Doll e Duda Preta.

Mesa 3, “Rotina”

“Quem não tem a sua rotina? Essa é a forma que encontramos pra falar da nossa”, comentou o quarteto Mesa 3 nas semanas que antecederam o lançamento de seu novo single. Devidamente intitulado “Rotina”, o som saiu no dia 25 de março e marca o primeiro trabalho do grupo de Muqui em 2021. “Eu faço parte desse meio inconsequente e aqui, mesmo sendo gente, não posso me expressar/Eu vivo parte da vida na sociedade, minha mente se reparte tentando me isolar/Eu faço birra quando falam de guerrilha discutindo um pós vida e onde é que eu vou parar/Mas eu não ligo, porque a vida é desse jeito, tanta gente sem respeito pensando em se respeitar”, canta o vocalista e guitarrista Daniel Lial durante a faixa, que também foi concebida como uma prévia do que em breve se materializará em ‘Vivência’, o álbum de estreia da banda.

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Mesa 3 (Crédito: Divulgação).
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Barra Acústico, “O Mar é a Cura”

Instituído há cerca de dois, o Barra Acústico é um projeto musical pautado no rap e sua mistura com gêneros como samba, reggae, funk e trap. Segundo seu idealizador, o músico e produtor Pedro Leão, o objetivo é “reunir artistas da Região 5 [de Vila Velha] e adjacências que, assim como eu, estão começando na cena da música sem apoio, mas dando a cara a tapa e fazendo acontecer”. Preocupado em “dar a oportunidade que eu sempre quis, mas nunca tive, para outras pessoas”, Leão estreou o projeto em 2020 ao lado de FalcãoMC, Ananda Kumaira, PogbaMC e Mano W & Trippie Love com a faixa “Dia de Sol”. A sequência veio no último dia 14, quando ele se juntou a Efige, Kabalera e Ananda Kumaira para soltar o clipe da praiana “O Mar é a Cura”.

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Gabriela Moulaz e Numar Fantecele, “Pussy”

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a cantora Gabriela Moulaz fez seu primeiro lançamento do ano no dia 8 de março com o single “Pussy”. Com trechos cantados em português, inglês e até italiano, a música é uma parceria com a cantora Numar Fantecele e também marca a primeira imersão de Moulaz no trap. Embora suas inspirações estejam em artistas mais pop, como Ariana Grande e Aurora, a ideia de trabalhar o trap como estética surgiu com o intuito de se buscar um gênero “cheio de atitude para celebrar o poder feminino”.

Morenna, “Açaí”

Após um 2020 movido a parcerias e o lançamento de uma versão deluxe de seu EP de estreia, ‘Blá Blá Blá’, a cantora Morenna soltou no dia 26 de março seu novo single e primeiro trabalho do ano. Chamada “Açaí”, a música é um pop bem dançante, ensolarado, sensual e repleto de metáforas frutíferas. “Pra mim, [a faixa] representa um momento que sempre quis viver, de lançar músicas pop tropicais que me representassem, representassem o calor, as danças e a nossa cultura”, explica a cantora. “A parceria com [os produtores] Pablo Bispo e Ruxell traduziu perfeitamente esses elementos de brasilidades no som”, conta. Sua chegada também foi marcada por um videoclipe dirigido por Junior Batista e que já bateu a marca de 340 mil visualizações. “Resolvemos apostar em referências tão emblemáticas da cultura brasileira, como a Carmem Miranda e suas frutas, e, para cultura pop, a obra do nascimento da Vênus, trazendo essas releituras numa versão brasileira pra nós”, disse Morenna sobre o vídeo.

Lamart, “Quem Eu Sou”

Trabalhando na divulgação de seu segundo álbum solo, ‘Loko & Romântico’ (2021), o rapper de Viana Lamart lançou no dia 3 de março o primeiro single do registro. Chamada “Quem Eu Sou”, a faixa foi composta em parceria com MFive e discute temas como amadurecimento e o processo de encontrar a si mesmo. “Só quero ser o que eu sempre fui. Me libertando e me encontrando mais. Louco e introspectivo, longe dos conceitos velhos dos meus pais”, canta o artista. Além disso, a música foi a primeira do disco a ganhar um videoclipe. Dirigido por TAVN, o vídeo mostra Lamart e MFive em meio às ruas e praias de Vila Velha e Vitória.

1MoreSinner, “Come And Drink”

Lançada no primeiro dia do mês, “Come And Drink” é a música de estreia do tatuador castelense André Rosa em seu projeto 1MoreSinner. Composta, gravada e produzida pelo próprio artista durante o lockdown britânico na cidade de Sheffield, a faixa conta com riffs pesados envoltos numa atmosfera tanto melódica quanto sombria. Um belo debut rocker que ecoa elementos de screamo, emo e hardcore em seus quase cinco minutos.

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Overdrive Saravá (RJ) e André Prando, “João do Amor Divino”

Atrás de novas referências e influências para compor seu segundo álbum, ‘CIGARRA’, o grupo carioca Overdrive Saravá encontrou no capixaba André Prando a parceria certa. Juntos eles fizeram uma releitura mais progressiva de “João do Amor Divino”, música lançada por Gonzaguinha em 1978 e que discute a desigualdade social e os percalços de um pai de família. “As letras seguem sendo uma grande reflexão e manifesto, mas com sutilezas artísticas, o que as diferencia de um teor jornalístico, por exemplo”, disse Gregory Combat, o vocalista e percussionista da banda. “Música de Gonzaguinha que tive a honra de gravar participação na releitura da banda”, comentou Prando em suas redes. “Atemporal! Um tapa sem luva. Assim é Gonzaguinha. E a versão tá uma pedrada”.

6ok, “Tarde Soft”/“Até O Jantar”

Apoiado pelo Cores do Soul, projeto integrante do Edital JuventudES Emergencial do Instituto João XXIII, o rapper 6ok lançou no dia 11 de março uma bela releitura de “Tarde Soft” e “Até o Jantar” — canções integrantes do disco de estreia do grupo que o deu destaque na cena, o Solveris. “De todo o álbum ‘Vida Clássica’ (2018), eu sempre gostei muito dessas duas músicas e ficava imaginando como seriam juntas num medley. Sei lá, com um novo beat, algo mais swingado, lo-fi, com um solo de guita”, explica o artista. “Eu sempre achei que dava pra extrair mais delas de alguma forma”, confessa 6ok.

Djonga (MG) e Budah, “Dá Pra Ser?”

“Uma honra pra mim fazer parte desse trabalho tão especial”, comentou a cantora Budah sobre sua participação em ‘NU’, novo disco do mineiro Djonga, lançado no dia 14 de março. Juntos a dupla colaborou em “Dá Pra Ser?”, a romântica e penúltima faixa do disco. “Sem palavras pela oportunidade e por ter a chance de ter dobrado a admiração que eu tinha por você, antes como artista e hoje como pessoa”, agradeceu a cantora em suas redes. “Parabéns por tudo, você merece tudo que tem acontecido e o que ainda vai acontecer, muito feliz por ter a chance de somar em algo tão grandioso pra minha carreira. Só tenho a agradecer a você, e a sua equipe maravilhosa, paciente, dedicada e acolhedora. Experiência incrível”. Cabe lembrar que só neste ano Budah já apareceu em feats com os capixabas GAVI (“Caraíva A Festa”) e Jamal (“Sol”) e as cariocas Lua (“Dominós”), Lourena e Azzy (“Poesia Acústica Ep. Acabou”).

Drima, “Acrobata”

Natural de Vila Valério, ao norte do estado, o cantor, compositor e produtor Drima deu início à sua carreira solo no dia 19 de março com o lançamento do single “Acrobata”. “Desistir de tudo ou ter história contada/Vida é equilíbrio e eu sou acrobata/Não atração de circo, simples entretenimento/Se não servir pra salvar vida, livra do afogamento”, canta Drima por cima dos beats produzidos por Gabriel BOX. “O intuito do som é expor as dificuldades do artista capixaba independente, principalmente quem é do interior e veio pra correria da capital”, explica o artista conhecido pelo seu trabalho no grupo RegistroGeral.

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Drima (Crédito: Victória de Sousa).

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Oswaldo Nogueira, “Soberana”

Natural de Porto Alegre (RS), porém radicado no Espírito Santo há quase 40 anos, o cantor, compositor e guitarrista Oswaldo Nogueira segue firme em sua missão de proporcionar “o melhor que a música pode oferecer”. Dono de um imponente vozeirão, o artista há pouco foi o vencedor da segunda edição do Toca Que Eu Te Escuto, festival carioca de música autoral que contou com 32 participantes de diversos estilos. Seguindo essa vitória e convites de se apresentar em Portugal, no dia 17 de março Nogueira lançou “Soberana”, seu primeiro single do ano. Inspirado pelo melhor do rock nacional e por gringos como AC/DC e ZZ Top, o trabalho “é um bluesrock que eu fiz com o Ricardo Cachalote, meu produtor musical”, explica o artista. “É a primeira música do segundo EP e ela vem numa pancada sensacional falando sobre a mulher no mês da mulher”, conta.

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Oswaldo Nogueira (Crédito: Aron Ribas).

Fabio Mattos, “Gaia”

Buscando novas influências no rap para somar à sua característica mescla de rock, blues e jazz, o colatinense Fabio Mattos entrou em 2021 com o lançamento de ‘Magoo’, seu novo disco. Inspirado por artistas como Emicida e Gabriel, o Pensador, o trabalho saiu no dia 12 de março e introduz seis novas canções à carreira do veterano Mattos, que já soma 8 álbuns e mais de 30 anos de estrada. “Quis inovar nesse trabalho e busquei apoio no rap. Tive a intenção de falar sobre as tragédias sociais que acontecem no Brasil e no mundo, e a arte é a forma mais pura de expressar o que se pensa, política e socialmente”, explicou o artista, que conseguiu reunir todos esses elementos logo em sua faixa de abertura, a ótima e escapista “Gaia”.

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Fabio Mattos (Crédito: Divulgação).
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Gravekeepers, “Gravekeeper”

Lançada no dia 23 de março numa superprodução audiovisual dirigida por Gabriel Sossai (Ginga Mídia), “Gravekeeper” foi o primeiro lançamento do ano do grupo linharense de metal Gravekeepers. Além disso, o single fecha o conceitual e homônimo EP de estreia da banda, lançado ainda em 2020 e que retrata “a história fictícia de um soldado que foi traído pelo seu reino e se refugiou em Linhares em busca de vingança”. Em seu clipe, caos, brigas, oficinas, caminhões, sol e maldição marcam a trajetória de Andrey Scream (voz), Diego Fiorot (guitarra), Thiago dos Anjos (guitarra), Klaus Kly (baixo) e Jonell Pereira (bateria). “Reféns de um feitiço e prisioneiros do tempo, o videoclipe mostra toda angústia dos Gravekeepers que receberam o feitiço da vida eterna”, conta o grupo sobre a temática.

Vai lançar algum som em abril? Não dá mole e fale com a gente por aqui para aparecer na próxima lista.

Texto: João Depoli | @joaodepoli.

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